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Política Saiba o que Temer já falou sobre a Operação Lava-Jato antes de ser preso

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Ex-presidente divulgou diversos comentários favoráveis a respeito da mesma operação que o prendeu. (Foto: Cesar Itiberê/PR)

“A Lava-Jato tem prestado importantes serviços ao país. Sou jurista e sei do papel fundamental da Justiça e do MP para o avanço das instituições.”

“Nesse contexto, a Lava-Jato tornou-se referência e, como tal, deve ter prosseguimento e proteção contra qualquer tentativa de enfraquecê-la.”

“Não vejo abuso na Lava-Jato. Não vejo ‘espetáculo’. Tem que avaliar o teor das denúncias.”

As frases acima foram todas publicadas por Michel Temer em seu perfil em uma rede social – as duas primeiras quando era presidente interino e a terceira já no posto de forma definitiva. São comentários favoráveis a respeito da mesma operação que o prendeu na quinta-feira (12). 

No pedido de prisão, o juiz argumenta que Temer é “líder da organização criminosa” que atua há 40 anos. A soma dos valores de propinas do suposto grupo chefiado pelo ex-presidente ultrapassa R$ 1,8 bilhão, segundo o Ministério Público Federal. O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, responsável pela Lava-Jato no RJ, ordenou a prisão de Michel Temer e mais nove pessoas, na Operação Descontaminação, desdobramento da Lava-Jato no Rio de Janeiro. A informações são do portal de notícias G1.

Leia abaixo algumas declarações de Temer sobre a Lava-Jato:

22 de agosto de 2015

Em post em uma rede social de Temer, a assessoria de imprensa reproduziu uma declaração na qual ele dizia apoiar a Lava Jato: “O vice-presidente Michel Temer apoia as investigações da Operação Lava-Jato…”.

Em seguida, há um link que levava a uma notícia no site oficial do Palácio do Planalto (o conteúdo não está mais disponível).

Naquele sábado, Temer divulgou uma nota na qual negava conhecer o lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, e Júlio Camargo, ex-consultor da empresa Toyo Setal.

Isso porque, em depoimento prestado em março daquele ano à Procuradoria-Geral da República (PGR) mas divulgado apenas em 21 de agosto, Júlio Camargo, delator na Operação Lava-Jato, citou Temer ao dizer que Fernando Baiano era representante do PMDB em esquema de pagamento de propina com recursos de contratos da Petrobras.

Em nota, a assessoria de imprensa do então vice-presidente da República disse, então, que Temer apoiava as investigações da Lava Jato, mas contestava informações do depoimento de Júlio Camargo, classificadas por ele como “inteiramente falsas”.

16 de abril de 2016

“A Lava-Jato tem prestado importantes serviços ao país. Sou jurista e sei do papel fundamental da Justiça e do MP p/ o avanço das instituições.”

A frase foi publicada em uma rede social do então vice-presidente um dia antes da votação, na Câmara dos Deputados, do processo de impeachment de Dilma Rousseff. Por 367 votos favoráveis e 137 contrários, a Casa aprovou a autorização para dar prosseguimento da ação no Senado.

12 de maio de 2016

“Nesse contexto, a Lava-Jato tornou-se referência e, como tal, deve ter prosseguimento e proteção contra qualquer tentativa de enfraquecê-la.”

A frase foi publicada na tarde daquela mesma quinta-feira em que, cerca de 12 horas mais cedo, às 6h34, o plenário do Senado Federal havia aprovado a abertura de processo de impeachment contra a então presidente Dilma Rousseff. Foram 55 votos a favor e 22 contra.

Com a decisão, Dilma foi afastada do mandato naquela manhã. Temer foi notificado às 11h25 e assumiu como presidente em exercício.

21 de junho de 2016

“Acho difícil [fazer previsões políticas com os desdobramentos da Lava-Jato]. Mas acho que não se deve pensar em paralisar a Lava-Jato. A Lava-Jato exerce o seu papel. [Tem] Vida própria. Exerce o seu papel por meio do Ministério Público, Judiciário, com auxílio da Polícia Federal e, portanto, deve prosseguir.” No final da noite de 21 de junho de 2016, a assessoria de imprensa de Temer publicou uma série de dez posts com frases do então presidente em exercício no perfil dele em uma rede social. Originalmente, as declarações foram proferidas em entrevista exclusiva ao programa Roberto D’Avila, da GloboNews.

27 de fevereiro de 2018

Em fevereiro do ano passado, após evento de posse do ministro Raul Jungmann no então recém-criado Ministério da Segurança Pública, Temer disse não haver “nenhum movimento com vistas a interromper” investigações da Operação Lava-Jato.

“Não volte nesse assunto [Lava-Jato]. Isso aí vem sendo tranquilamente levado adiante, não há um movimento sequer com vistas a interrupção. Aliás, vamos registrar um fato: segurança pública é combater criminalidade, que tipo de criminalidade? Aquela que digamos, mais evidenciada, tráfico de drogas e a bandidagem em geral, e evidentemente a corrupção”, respondeu o então presidente.

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O Ministério Público Federal diz que Michel Temer criou um sistema para acompanhar investigações e suspeita que o grupo chefiado pelo ex-presidente tentava fraudar ou destruir documentos que revelariam pagamento de propina
Um dos episódios que serviram de base para o pedido de prisão de Temer e seus aliados foi uma suposta tentativa de depósito de 20 milhões de reais em dinheiro vivo
https://www.osul.com.br/saiba-o-que-temer-ja-falou-sobre-a-operacao-lava-jato-antes-de-ser-preso/ Saiba o que Temer já falou sobre a Operação Lava-Jato antes de ser preso 2019-03-23
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