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| Saiba os nomes de planetas fora do Sistema Solar que até agora eram chamados por códigos

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Protagonistas do livro “Dom Quixote” saíram das terras de La Mancha direto para o centro da Via Láctea. (Crédito: Reprodução)

Os protagonistas do livro “Dom Quixote”, de Miguel de Cervantes, saíram das terras de La Mancha direto para o centro da Via Láctea. Um concurso organizado pela IAU (União Astronômica Internacional) escolheu a obra espanhola para batizar um sistema planetário a 50,6 anos-luz de distância da Terra.

A estrela, cuja massa é ligeiramente maior do que a do nosso Sol, recebeu o nome de Cervantes. Já os quatro planetas que a orbitam fazem referência aos principais personagens do romance: Quijote, Dulcinea, Rocinante e Sancho. Outras 13 estrelas e 27 exoplanetas (planetas fora do nosso Sistema Solar) foram rebatizados no concurso internacional, cujo objetivo é popularizar a existência desses mundos tão distantes.

O estudo dos exoplanetas é uma das mais promissoras áreas de astronomia. Há pouco mais de 20 anos, os cientistas nem sabiam se eles existiam mesmo. Agora, segundo dados da Nasa (agência espacial americana), já há 2 mil deles confirmados e 5,6 mil candidatos.

No entanto, esses mundos ainda não caíram na boca do povo. Uma das possíveis razões é a complexidade do sistema de nomenclatura. Em geral, os exoplanetas são batizados com a junção de dois elementos: uma palavra de identificação – que costuma ser o nome da estrela que ele orbita ou do aparelho usado para descobri-lo –, imediatamente seguida por uma letra minúscula.

O objeto considerado pela maioria dos astrônomos como o primeiro exoplaneta descoberto foi batizado de “51 Pegasi b”. Pode até ser prático para fins científicos, já que mostra que ele orbita a estrela 51 Pegasi da constelação de Pegasus, mas não é um nome exatamente marcante.

Concurso.

Outras empolgantes descobertas científicas desse tipo também acabaram perdidas na sopa de letrinhas dos nomes dos exoplanetas.

Por isso, a IAU – a mesma organização de astrônomos que foi responsável pelo rebaixamento de Plutão à categoria de planeta-anão – promoveu um concurso na internet para que o público pudesse escolher o nome de vários sistemas planetários. Ao todo, concorreram 247 nomes, sugeridos por organizações de 45 países. O concurso, encerrado no fim de 2015, recebeu mais de 573 mil votos vindos de 182 países.

A lista de vencedores tem nomes como a estrela Musica (sugestão dos japoneses), e um planeta chamado Poltergeist (ideia italiana). Um grupo holandês conseguiu emplacar um sistema só com nome de cientistas ligados à astronomia. A estrela Copernicus é orbitada pelos planetas Galileo, Brahe, Lipperhey, Janssen e Harriot.

Na opinião do astrônomo brasileiro Jorge Melendez, que descobriu um importante exoplaneta em 2015, o concurso é uma boa iniciativa de popularização do conceito. Mas, diz ele, a organização pecou em alguns pontos.

Para Melendez, nem todos os exoplanetas merecem uma nomenclatura diferenciada. “São muitos objetos. Seria pouco prático. Acho que deveriam se limitar a alguns casos especiais, como o primeiro registrado e outros mais significativos”, completa. Embora tenha ficado entre os países que mais votaram no concurso, o Brasil não teve nenhum nome na competição. Um grupo de astrônomos de Portugal tentou batizar um sistema com algumas palavras em português – incluindo um planeta chamado Saudade –, mas sem sucesso.

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https://www.osul.com.br/saiba-os-nomes-de-planetas-fora-do-sistema-solar-que-ate-agora-eram-chamados-por-codigos/ Saiba os nomes de planetas fora do Sistema Solar que até agora eram chamados por códigos 2016-02-09
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