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Saiba por que a Nasa está criando um sistema de dilúvio para os lançamentos de foguetes

Lançamento do sistema pela Nasa. (Foto: Reprodução/YouTube)

Para lançar um foguete ao espaço, é necessária uma grande quantidade de combustível. E, em breve, de água também.

Em 18 de outubro, a Nasa, agência espacial americana, testou com sucesso um novo projeto, que batizou com um nome quase impossível de decorar: sistema de dilúvio para proteção da sobrepressão da ignição e supressão do som.

O nome pode soar ambicioso, mas está à altura do que demonstrou no teste: em apenas um minuto, o sistema lançou um poderoso jato de 1,7 milhão de litros de água, que atingiu 30 metros de altura.

A rápida inundação aconteceu no Centro Espacial John F. Kennedy, em Cabo Canaveral, na Flórida, e faz parte dos preparativos para o novo Sistema de Lançamento Espacial (SLS, na sigla em inglês), que a Nasa pretende lançar em 2020.

De acordo com a agência espacial americana, o SLS será o “mais poderoso” que eles já construíram.

Quando estiver pronto, será usado para enviar astronautas para além da órbita da Terra.

Além disso, terá uma capacidade de carga maior, o que permitirá mandar missões não tripuladas para lugares como a Lua, Marte, Saturno e Júpiter.

E por que o dilúvio?

O sistema de inundação vai servir para reduzir a grande quantidade de calor e energia liberada em cada lançamento do SLS.

O teste de fogo, ou melhor, de água, será a Missão de Exploração 1 em 2020, que vai lançar a nave Orion com tripulantes para explorar o espaço profundo pela primeira vez.

Artefatos históricos da Nasa foram perdidos devido a procedimentos falhos

O Escritório do Inspetor-Geral da Nasa, a agência espacial norte-americana, divulgou um novo relatório detalhando as deficiências no modo como a agência gerencia seus itens históricos. Ao longo dos anos, a Nasa, aparentemente, perdeu uma série de itens, incluindo uma sacola para coletar pó lunar, um módulo de comando da Apollo 11 e até mesmo um protótipo de veículo rover lunar.

“Processos da Nasa para emprestar e armazenar bens pessoais históricos têm melhorado ao longo das últimas seis décadas, mas uma quantidade significativa de propriedade histórica foi perdida, extraviada ou tomada por ex-empregados e prestadores de serviços, devido à falta de procedimentos adequados, da agência”, afirma o relatório, em nota.

Entre os itens perdidos, estão uma sacola para recolher pó na lua que foi apreendido pelo FBI com um ex-CEO da Kansas Cosmosphere e do Space Center e, em seguida, vendido em um leilão do governo. Mais tarde, foi revendido por US$ 1,8 milhão.

Em outro incidente, um grupo de controladores da Apollo 11 foi levado por um funcionário da Nasa que foi informado por um supervisor para jogá-los fora. A agência espacial tentou obter os controladores quando eles foram colocados em leilão, mas, de acordo com o relatório, parou de tentar depois de três anos.

Além disso, o proprietário de um veículo protótipo lunar de modelo rover, que foi flagrado em um bairro residencial do estado do Alabama. A pessoa que tinha o item reportou o fato à Nasa e expressou a vontade de devolver o veículo à agência. Mas, depois de meses sem atividade por parte da Nasa, o proprietário do item morreu e o veículo foi vendido a um dono de sucata que mais tarde o vendeu em leilão.

“Recuperar estas propriedades históricas se provou algo desafiador por causa do significativo esforço necessário para encontrar esses itens. Além disso, os esforços anteriores para recuperar essas propriedades foram frustrados pela má manutenção de registros na Nasa e pela falta de processos estabelecidos para a coordenação dos esforços de recuperação”, afirmou o relatório.

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