Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 18 de junho de 2017
O Real Madrid trabalha nos bastidores para manter Cristiano Ronaldo, apesar da insatisfação do jogador por conta da acusação de sonegação de impostos que o faz querer deixar a Espanha. A decisão do atleta, segundo a imprensa europeia, parece não ter mais volta. Se confirmada a posição do jogador, os Merengues já avaliam uma possível venda.
Diante do impasse, o jornal Marca já faz as contas de quanto o Real Madrid ganharia com a saída do seu principal jogador. A multa rescisória de Cristiano Ronaldo com o clube é de 1 bilhão de euros (o equivalente a 3,6 bilhões de reais), mas nenhum time pagaria tais cifras.
No entanto, o valor da transferência ainda assim seria altíssimo, na casa dos 200 milhões de euros (o equivalente a 736 milhões de reais), o que deixaria o português como o jogador mais caro da história do futebol. Somente Manchester United e PSG teriam bala na agulha para pagar tal quantia.
De acordo com o periódico espanhol, Cristiano Ronaldo recebe cerca de 50 milhões de euros (cerca de 184 milhões de reais) por temporada, o que daria 200 milhões de euros até o fim do vínculo, que expira em 2021.
Somando os valores da transferência e dos vencimentos, a saída do camisa 7 poderia render aos cofres do Real Madrid 400 milhões de euros (1,4 bilhão de reais).
Investigações
De acordo com o jornal espanhol “El Mundo”, o português teria recebido cerca de 550 milhões de reais de empresas com sede em paraísos fiscais como as Ilhas Virgens e assim, declarado somente uma pequena porcentagem deste valor.
Segundo informações da publicação, Cristiano Ronaldo teria aproveitado a Lei Beckham, que beneficiava jogadores estrangeiros, garantindo menor taxa de imposto de renda àqueles que vinham atuar na Espanha. O nome do código faz referência ao inglês David Beckham, que quando defendia o Real Madrid foi um dos primeiros usufruidores da lei, mas que em 2014 foi abolida pela reforma fiscal espanhola.
A publicação ainda alega que do valor já citado, cerca de 275 milhões de reais são referentes à venda dos direitos de imagem do jogador para as empresas Adifore Finance e Arnel Servies, entre os anos de 2015 e 2020. A operação, no entanto, teria acontecido por intermédio de uma empresa que foi relacionada ao empresário Peter Lim, e o dinheiro tendo sido depositado em uma conta na Suíça, também paraíso fiscal.
Já a outra metade dos 550 milhões de reais teriam sido negociados com a empresa Tollin Associates, estando relacionada aos direitos de imagem dos seis primeiros anos de CR7 no Real Madrid , de 2009 a 2014.
Do total da quantia, o português teria pago ao fisco espanhol somente 20 milhões de reais, ou seja, parcela que equivale menos de 4% do total lucrado nas transações. Assim, o português deixou de pagar cerca de 55 milhões de reais ao fisco. A Agência Tributária da Espanha ainda acusa o jogador pela sonegação de 29 milhões de reais, referentes aos anos de 2011 e 2014, pelo mesmo motivo de direitos de imagem.