Colunistas Saída do deputado Baségio funciona como efeito-demonstração
Por Redação O Sul | 24 de novembro de 2015
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Flavio Pereira
Pressionado diante da acusação de recolher parte dos salários dos servidores, e manter servidores em atividade no interior – prática adotada por dezenas de parlamentares – o deputado Diógenes Baségio (PDT) preferiu ceder e encaminhar seu pedido de renúncia. Mesmo diante da bizarra situação, pela qual o presidente da Comissão de Ética do legislativo, Juliano Roso (PCdoB), e o corregedor Marlon Santos (PDT) sejam acusados das práticas de manter funcionário fora do gabinete e apropriar-se de parte dos salários dos servidores, mesmas acusações atribuídas a Baségio. Apesar da renúncia, Baségio ainda poderá ter seu mandato cassado se a Assembleia decidir votar o projeto de perda do mandato que está na pauta. A saída de Baségio vai funcionar como um “efeito-demonstração”, pelo qual o Legislativo dará uma resposta às pressões que recebe diante das constantes falhas na gestão das verbas de gabinete, como no caso de Baségio e de outros deputados.
O mistério dos odômetros
A acusação de que deputados adulteravam os odômetros dos veículos cadastrados para receberem indenização por quilômetros não rodados parece que não prosperou na Assembleia Legislativa.
Nome de Juliana Brizola para presidir a Assembleia
Deputada titular, depois de o Legislativo confirmar a renúncia do deputado Diógenes Baségio, a deputada Juliana Brizola também passa a ser mais uma possibilidade, diante das especulações de que o PDT poderá rever a indicação de Marlon Santos para a presidência do Legislativo. Como Marlon Santos aguarda julgamento pelo Tribunal de Justiça, acusado de apropriar-se de parte dos salários dos servidores do seu gabinete, quando ocupava mandato do Partido da Frente Liberal, há no PDT quem entenda que, por prudência, seria melhor não correr riscos e evitar uma exposição negativa do partido e do poder Legislativo. Outros nomes cogitados para a presidência da casa seriam os deputados Ciro Simoni e Eduardo Loureiro.
A pensão de R$ 30,4 mil dos ex-governadores
Se a mesa diretora e os líderes de bancada concordarem, poderá ser votado nessa terça-feira, em plenário, o projeto da deputada Any Ortiz que dá nova regulamentação para a pensão vitalícia que os ex-governadores têm direito, de R$ 30.471,11, após quatro anos de mandato. O valor corresponde ao subsídio dos desembargadores do Tribunal de Justiça. O projeto de Any Ortiz define que “ao ex-governador do Estado, que haja exercido o cargo em caráter permanente, fica assegurado um subsídio, mensal, a título de representação, igual ao vencimento do desembargador do Tribunal de Justiça do Estado, limitado ao período de quatro anos, imediatamente posterior ao término do mandato”.
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