Armando Burd Salvo no último momento
Por Redação O Sul | 10 de fevereiro de 2019
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
A liminar de ontem do Supremo Tribunal Federal, anulando o bloqueio e impedindo novos sequestros para o pagamento de precatórios, vai na mesma linha da suspensão do repasse de mensalidades, desde agosto de 2017, por conta da dívida com a União. A decisão do ministro Luís Roberto Barroso demonstra que ele conhece a espessura da corda que sufoca a Secretaria da Fazenda. O Estado volta a ver o túnel, o fundo e a luz.
Que sejam criativos
Publicitários levarão ao Palácio Piratini, nos próximos dias, sugestões para o slogan do governo. O do Rio de Janeiro já escolheu: vamos virar o jogo.
Tentativa de recuperação
A proposta de reforma da Previdência, que o Congresso debaterá e votará no 1º semestre, incluirá funcionários estaduais e de prefeituras municipais. São sistemas que estão com dificuldades crescentes. Há décadas, administradores, querendo bancar os bonzinhos, prometeram o que os atuais não conseguem cumprir.
Bolsos furados
Houve tempo em que os orçamentos públicos inflavam a estimativa de receita para justificar gastos generosos. Hoje, nem isso os tecnocratas malabaristas conseguem.
Definição correta
Os sete estados que vivem sob decreto de situação de calamidade financeira temporariamente não têm governadores. Devem ser chamados de gerentes de crises.
Antiga ilusão
Ainda há, no Estado, os que acreditam num princípio: os problemas do setor público se resolvem por si próprios.
Passo a passo
A equipe de planejamento do governo do Estado chama o plano que elabora de combate trifásico contra crise. Começa com o ajuste fiscal proposto pela União. Depois, vai se deter nas causas duradouras do colapso financeiro, que não se extingue por decreto, mas com medidas capazes de sair do atoleiro.
Perfil
A nova composição da Câmara dos Deputados protocolou 600 projetos na primeira semana de atividades. Misturam-se os que querem satisfazer a vaidade, revelar o ímpeto pelo poder e, em número menor, servir ao país.
Ataque de frente
Os grupos de trabalho do Ministério da Justiça e Segurança Pública já foram instruídos: todos os inquéritos administrativos da órbita do governo federal, do Oiapoque ao Chuí, deverão ser levados adiante. Inclui os interrompidos, arrastados, procrastinados e evaporados.
Indesmentível
O mineiro Aureliano Chaves costumava dizer: “Com demagogia se ganha eleição, mas não se governa.”
Surpresa
O PT abre duas novas alas: a favor e contra a Venezuela.
Não se entendem
As desavenças entre a Associação Comercial de Porto Alegre e a Federasul terão desdobramentos até o final do mês.
Irresponsáveis
Diante da tragédia, a direção do Flamengo adota o jogo do empurra-empurra.
É de assustar
As escolas municipais de Porto Alegre do ensino fundamental são gratuitas, mas a longa lista de materiais exigidos dos alunos é para pais ricos.
Para desfazer a dúvida
Todos os anos chegam a milhares as concessões de títulos nas casas legislativas do país. Muitos homenageados, ao agradecerem são sinceros, dizendo não localizar qual o motivo da distinção. Sempre aparece um gaiato para esclarecer: “Saberás, quando a campanha eleitoral se aproximar.”
Receita mortal
Basta lançar em uma coqueteleira grandes doses dos seguintes ingredientes: empreguismo, aposentadorismo, obras mal planejadas e descumprimentos orçamentários. Sacudir bem por algum tempo e depois servir para sentir o estrago.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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