Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 21 de dezembro de 2017
A Samsung Electronics disse na quarta-feira que desenvolveu o menor chip DRAM do mundo, ampliando sua liderança técnica sobre os concorrentes, à medida que segue em direção a um lucro operacional recorde em 2017, impulsionado pelo negócio de semicondutores.
A “segunda geração” de chips DRAM classe 10-nanômetros, de 8 gigabytes e com eficiência de energia e desempenho de processamento de dados melhorados, é voltada para eletrônicos premium de processamento de dados, como centros de computação em nuvem, dispositivos móveis e placas gráficas de alta velocidade, disse a Samsung em comunicado.
O líder global em chips de computador, televisores e celulares disse que mudará a maior parte de sua capacidade de produção de DRAM para chips de 10 nanômetros em 2018.
Essa expansão “agressiva” de produção “acomodará a forte demanda do mercado”, disse Gyoyoung Jin, presidente do negócio de chips de memória da Samsung Electronics.
Com a nomeação de uma nova geração de executivos em seus três principais negócios, incluindo o de semicondutores no final de outubro, a empresa sul-coreana disse que não estava buscando expandir a venda de chips imediatamente, mas estava investindo para manter a posição de mercado no longo prazo.
Somente considerando os envios do iPhone X de 2018, a Samsung deverá lucrar cerca de US$ 20 bi. Isso porque a sul-coreana é a atual fornecedora dos displays OLED que equipam o dispositivo, mas, segundo a boataria do mercado, a Apple estaria disposta a escolher a LG para fornecer telas OLED no futuro, fazendo com que sua principal rival não lucre mais com suas vendas.
Ainda assim, de acordo com a produção atual, a Samsung proverá algo entre 180 e 200 milhões de unidades do display para o iPhone X em 2018, número muito maior do que as 50 milhões de unidades de 2017. Com base nesses números, chega-se ao valor de US$ 20 bi estimado por especialistas do mercado.
A parceria entre Apple e Samsung no fornecimento de displays é de longa data. Ainda que as empresas sejam rivais ferozes no que diz respeito ao domínio pelo mercado de dispositivos móveis, a Maçã não produz os próprios displays, precisando recorrer à fabricação de terceiros. Acontece que é justamente a Samsung que produz as melhores telas do mercado, ao menos até então. Resta saber se a parceria com a LG dará certo, colocando um ponto final na amizade entre Apple e Samsung, acirrando ainda mais sua rivalidade.
Segundo o analista Ming-Chi Kuo, da KGI Securities, a LG seria capaz de fornecer até 20% da demanda de displays para o iPhone X até 2019, e até 30% até o ano de 2020. Ao mesmo tempo, a LG vem investindo pesado na tecnologia OLED, e se espera que a empresa dobre suas vendas de displays tanto para televisores, quanto para dispositivos móveis em 2017.