Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 5 de junho de 2017
Em contato com a coluna de Sonia Racy, o criminalista Fabio Tofic Simantob deixou recado curto e claro aos que propõem que seu cliente, o ex-ministro Guido Mantega, faça delação premiada.
“Se alguém apresentar alguma prova de que algum advogado esteve no Ministério Público em nome de Guido Mantega, para negociar delação premiada, ou falar sobre delação premiada, eu abandono o caso”. E terminou com um “pode publicar”.
O ex-ministro da Fazenda é apontado como principal operador das propinas petistas a partir do governo de Dilma Rousseff.
Na semana passada, surgiram boatos de que Mantega teria resolvido partir para uma delação premiada, oferecendo à Operação Lava-Jato a ex-presidente Dilma e dezenas de campanhas petistas. As delações de Antonio Palocci e da JBS precipitaram a decisão de Mantega, implicado fortemente nas duas.
A pré-delação de Mantega, no entanto, depende do andamento da delação de Palocci. Ambas se completam. Palocci pega Lula; Mantega pega Dilma. Os dois foram, em tempos diferentes, os principais operadores das grandes propinas do PT, seja no petrolão, seja no setor financeiro, seja nos bancos públicos.
A delação de Palocci está em estágio avançado; a de Mantega, em pré-negociação. Pode demorar.