Terça-feira, 19 de março de 2024

Porto Alegre
Porto Alegre, BR
26°
Partly Cloudy

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil “Uma única mala não prova nada”, disse o novo diretor-geral da Polícia Federal sobre suposta corrupção praticada por Michel Temer

Compartilhe esta notícia:

O diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segóvia. (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

O novo diretor-geral da PF (Polícia Federal), Fernando Segovia, afirmou nesta segunda-feira (20) que a investigação que levou a PGR (Procuradoria-Geral da República) a denunciar o presidente Michel Temer poderia ter sido mais longa. Para ele, se a apuração estivesse “sob a égide” da PF, e não da PGR, a corporação pediria mais tempo para avaliar “se havia ou não corrupção”.

Segovia afirmou que “uma única mala” “talvez” seja insuficiente para comprovar se os investigados cometeram crime de corrupção. O diretor da PF se referia à mala com R$ 500 mil em dinheiro – supostamente propina – entregue em abril deste ano pelo executivo Ricardo Saud, do frigorífico JBS, para o então deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-MG). Ex-assessor e homem de confiança de Temer, Rocha Loures foi preso em razão do episódio. A suspeita da PGR na denúncia é de que Temer seria o destinatário final do dinheiro.

“A gente acredita que se fosse sob a égide da Polícia Federal, essa investigação teria que ter durado mais tempo, porque uma única mala talvez não desse toda a materialidade criminosa que a gente necessitaria para resolver se havia ou não crime e quem seriam os partícipes e se havia ou não corrupção.”

Na entrevista coletiva que concedeu após a posse, Segovia foi questionado se o ex-procurador-geral Rodrigo Janot, que apresentou a denúncia contra o presidente, seria investigado.

No início deste ano, quando veio à tona a delação da JBS, Temer se disse alvo de perseguição por parte do ex-procurador-geral – posteriormente, o acordo de delação premiada da JBS, que deu base à denúncia, foi suspenso pela suspeita de que um ex-auxiliar de Janot – o ex-procurador Marcello Miller – orientou os delatores quando ainda estava no Ministério Público.

Segovia respondeu que uma investigação sobre Janot dependeria de um pedido, o que ainda não ocorreu. “Se vamos ou não investigar o dr. Janot, dependerá de abertura de investigação, se é que alguém vai pedir abertura de investigação em relação a tais fatos”, disse.

“Talvez seria bom, para que o Brasil inteiro soubesse, se houvesse transparência maior sobre como foi conduzida aquela investigação. A gente acredita que se fosse sob a égide da Polícia Federal, essa investigação teria que ter durado mais tempo, porque uma única mala talvez não desse toda a materialidade criminosa que a gente necessitaria para resolver se havia ou não crime e quem seriam os partícipes e se havia ou não corrupção. É um ponto de interrogação que fica hoje no imaginário popular brasileiro e que poderia ter sido respondido se a investigação tivesse mais tempo”, afirmou.

Segovia disse que quem estabeleceu o “deadline” (tempo limite) para o fim da investigação foi a PGR.

“Talvez ela seja a melhor a explicar por que foi feito aquilo naquele momento e por que Joesley [Batista, sócio do grupo J&F, controlador da JBS] sabia quando ia acontecer para ele poder ganhar milhões no mercado de capitais”, disse, em referência às suspeitas de que os donos da JBS lucraram com a delação premiada, negociando ações e moeda antes de sua divulgação.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

Antes da chegada dos europeus ao Brasil, os índios já sabiam matemática
Ex-ministro acusa vice-presidente da República de atuar em prol do impeachment
https://www.osul.com.br/segovia-afirmou-que-uma-unica-mala-talvez-seja-suficiente-para-apontar-se-temer-praticou-corrupcao/ “Uma única mala não prova nada”, disse o novo diretor-geral da Polícia Federal sobre suposta corrupção praticada por Michel Temer 2017-11-20
Deixe seu comentário
Pode te interessar