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Brasil Sem força, o presidente do Senado faz de tudo para também ser poderoso

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"Ela já foi punida, afastada, mas não inabilitada", disse Calheiros (Foto: Agência Senado)

O advogado José Renan Vasconcelos Calheiros completa 60 anos em setembro, 36 dos quais dedicados à vida pública. Mudando de lado conforme a ocasião, o político do PMDB-AL foi deputado, ministro e está pela quarta vez na presidência do Senado. Também elegeu em outubro o filho Renanzinho, aos 34 anos, governador de Alagoas.

Com esse retrospecto, um aliado seu desdenha da briga pública que o presidente do Senado travou com Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em torno do projeto que regulamenta a prática da terceirização no País. Para esse aliado, o maior problema de Calheiros não é com Cunha, mas com o próprio futuro. Pela legislação, ele não poderá se candidatar novamente à presidência da Casa. Tampouco terá condições políticas de ser ministro de Dilma Rousseff. Tem contra si cinco inquéritos no STF (Supremo Tribunal Federal), três deles relacionados à Lava-Jato.

O fato é que perdeu força política. O peemedebista garantiu a Dilma um primeiro mandato sem sobressaltos no Senado, mas não foi recompensado à altura no segundo. Perdeu indicados na Transpetro e no Ministério do Turismo – dado a um aliado de Cunha. Nem conseguiu alívio financeiro para seu filho governador, sua principal aposta para a manutenção da força do clã.

Assim, ele tem tentado se reinventar com o único objetivo de sobreviver politicamente. O embate com o presidente da Câmara é visto por aliados como um elemento desse processo. Calheiros já forjou um discurso da economia de gastos do Senado e, recentemente, fez uma atuação em defesa dos mais desfavorecidos.

Para quem, em 2007, renunciou à presidência do Senado com o objetivo de não ter o mandato cassado, sob a acusação de ter despesas pessoais pagas por um lobista de uma empreiteira, e depois voltou ao comando da Casa duas vezes, a estratégia pode dar certo. Calheiros tem experiência em se reencontrar e tempo para isso. Em 2018, poderá concorrer à reeleição ou mesmo ao cargo ocupado pelo filho.

Polêmica – O presidente do Senado divulgou uma nota na sexta-feira dizendo que não vai polemizar com o presidente da Câmara. Nos bastidores, ele discute com aliados próximos “engavetar” o projeto que trata da terceirização. Calheiros tem dito que não concorda com o texto que foi aprovado pelos deputados em plenário e, diante da ameaça de Cunha de restabelecer o que passou na Câmara, deve segurar a votação da proposta pela Casa ao menos durante a sua gestão, que termina em janeiro de 2017.

Não vou polemizar com o presidente da Câmara dos Deputados. Tal controvérsia só interessa àqueles que não querem o fortalecimento e a independência do Congresso Nacional, àqueles que têm horror ao ativismo parlamentar”, afirmou. Calheiros disse que não há nenhuma matéria importante que veio da Câmara que não tenha sido apreciada pelo Senado. O peemedebista sustentou que, dentre as “inúmeras proposições” do Senado paralisadas na Câmara, está o Código do Usuário do Serviço Público. Segundo ele, a proposta é uma exigência da sociedade que, além de passar por dificuldades econômicas, é obrigada a conviver com a falência dos serviços públicos.

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https://www.osul.com.br/sem-forca-o-presidente-do-senado-faz-de-tudo-para-tambem-ser-poderoso/ Sem força, o presidente do Senado faz de tudo para também ser poderoso 2015-04-26
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