Quarta-feira, 24 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 9 de maio de 2019
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
“Esta ilustre plateia do Legislativo tem aposentadoria média de 28 mil reais. Não é razoável que quem legisla olhe apenas o benefício próprio para ter aposentadoria acima da média.” A declaração foi do ministro da Economia, Paulo Guedes, ontem, na Comissão Especial da reforma da Previdência. Os parlamentares reagiram gritando. Ganham 20 vezes mais do que a média e querem botar banca.
Zona de risco
O Rio Grande do Sul é o Estado com o maior número de municípios a ter regime próprio de previdência para os servidores públicos. São 327, acumulando ativos de 18 bilhões e 500 milhões de reais. Há cinco anos, eram de 9 bilhões e 300 milhões. O Tribunal de Contas montou uma equipe de especialistas em cálculos atuariais para apontar problemas. Em junho sairá novo relatório, mostrando que muitas prefeituras administraram mal o dinheiro dos fundos.
Falta explicar
O governador Eduardo Leite considera “um passo determinante na busca do ajuste fiscal” a aprovação em 2º turno da Proposta de Emenda à Constituição que retira a exigência de plebiscito para privatizar a CEEE, a Sulgás e a CRM. Precisará ainda esclarecer como ocorrerá a aplicação do dinheiro após a adesão ao Regime de Recuperação Fiscal. O Estado ficará dispensado de pagar ao longo de três anos prestações mensais de 300 milhões de reais por conta da dívida com a União. Caso se destine a cobrir o costumeiro déficit, haverá necessidade de achar logo outras estatais para pôr à venda.
Tem pressa
O governo pretende concluir e entregar até amanhã, na Assembleia Legislativa, os projetos de privatização das três estatais.
Perdas sucessivas
No orçamento do governo do Estado, investimentos com recursos próprios desapareceram há seis anos. O vírus vem atingindo a União. Em 2014, foram de 1,33 por cento; caiu para 0,77 por cento em 2018. Deve repetir o desempenho este ano.
Desaparece tradicional consenso
O PP de Porto Alegre chegará à convenção de sábado com uma única certeza: Kevin Krieger passará a presidência ao vereador João Carlos Nedel. As demais decisões ainda percorrem o território das indecisões. Não estão fechadas as feridas abertas com a divisão da bancada durante a votação do aumento do IPTU. Os vereadores Cassiá Carpes e Monica Leal quebraram os pratos.
Peso demasiado no bolso
A Agência Nacional de Saúde anunciará, até o final do mês, o reajuste anual dos planos. Atualmente, são 47 milhões e 53 mil clientes. Nos últimos quatro meses, houve a desistência de 212 mil e 595 mil, que não suportam os pagamentos. Por isso, o ataque ao bolso não poderá ser exagerado.
Sem efeito
O ex-vice-governador do Estado José Paulo Cairoli deixou ontem o PSD, no qual assinou ficha de filiação em 2013. Durante os quatro anos em que esteve no poder com a caneta cheia de tinta, o partido não cresceu. O MDB convidou ontem Cairoli para que concorra a deputado federal.
Empenho diferenciado
Fato notável é o desempenho de Ranolfo Vieira Júnior. Vice-governador e secretário da Segurança Pública, seu dia de trabalho parece ter 30 horas. “Está em todas”, dizem secretários e deputados. A forma discreta de atuar resulta numa sintonia com o governador Leite.
Troca de nome
Na convenção nacional de 11 de fevereiro deste ano, o Partido da República decidiu trocar o nome para Partido Liberal. Só faltava a aprovação do Tribunal Superior Eleitoral, que ocorreu terça-feira. Ontem, houve o anúncio formal pelo presidente Alfredo Nascimento. A intenção é se aproximar do liberalismo, defendendo a economia com pouca intervenção do governo no mercado. No Rio Grande do Sul, a grande liderança é o deputado Giovani Cherini, ex-PDT.
O que já passamos
A 9 de maio de 1989, o ministro da Fazenda, Maílson da Nóbrega, declarou que o governo perdeu totalmente o controle do déficit público. Empresários paulistas decidiram ir ao encontro de políticos e trabalhadores para formação de uma frente, tentando restabelecer o equilíbrio da Economia. No mesmo dia, o Conselho Nacional do Petróleo anunciou aumento de 14,5 por cento no preço dos combustíveis. O fornecimento de gás em Porto Alegre ficou prejudicado em função de movimento grevista.
Depois do poder
Michel Temer entra no circuito prende e solta.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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