Quinta-feira, 28 de março de 2024
Por Redação O Sul | 7 de setembro de 2015
O Rio Grande do Sul comemora de 14 a 20 a Semana Farroupilha. Durante seis dias o Rio Grande inteiro festeja a trajetória dos combatentes que desafiaram o Império por dez longos anos e que, uma vez derrotados, assumiram a contraditória roupagem de heróis de uma guerra perdida.
Poucas datas são tão festejadas e, ao mesmo tempo,tão mal compreendidas. Mentes menos aquinhoadas e crianças de todos os tamanhos e idades costumam relacionar aquele grande momento da História do Brasil com um suposto desejo de independência de um suposto “povo gaúcho”.
O hino Rio-grandense é explícito: “Como autora precursora / Do farol da divindade / Foi o 20 de setembro / Precursor da Liberdade”. O gaúcho – o tipo que “passa pela vida, aventureiro, jovial, diserto, valente e fanfarrão, despreocupado” de que falava Euclides da Cunha – não era capaz de viver sob a égide de um rei. Nascera em território virgem de normas e só concebia ser governado por alguém a quem pudesse escolher pelo voto. Ou seja, a República. Seu anseio foi satisfeito em 1889, quatro décadas depois da memorável guerra. Nenhum outro Estado da federação deu tantos presidentes ao país: o gaúcho era talhado, de corpo e alma, para viver numa nação republicana.