Quarta-feira, 24 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 26 de setembro de 2016
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Recuperado da crise de labirintite que o afastou de Brasilia nos últimos dias, o ministro Eliseu Padilha, Chefe da Casa Civil da Presidência da República, retoma hoje em Brasília a agenda de múltiplas funções que lhe são delegadas pelo presidente Michel Temer. As pautas de Padilha incluem a gestão de questões na área de comunicação do governo, a articulação em torno da reforma da Previdência, a proposta de emenda à Constituição sobre limite de gastos públicos a reativação do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social e a lei das agências reguladoras e o novo estatuto dos fundos de pensão.
A proposta do limite de gastos começa agora a ganhar o respaldo de governadores, que desejam ver incluídos os Estados nesta obrigação. O Rio Grande do Sul é o mais recente apoiador da medida, depois que o Judiciário e o Ministério Público conseguiram medidas cautelares livrando-os deste limite.
Agenda política
Neste domingo, antes de retornar a Brasília, Padilha cumpriu uma agenda política. Ex-prefeito de Tramandaí, participou de reuniões e de uma carreata de apoio ao prefeito Edegar Rapaki (PMDB), que disputa a reeleição. Rapaki teve de se contentar com o papel de coadjuvante: a maioria das pessoas que circulavam pelas ruas davam mais atenção a Eliseu Padilha.
Reunião com Giovani Feltes
Secretário da Fazenda, o deputado federal licenciado Giovani Feltes, às voltas com a tarefa ingrata de gerir um cobertor cada vez mais curto nas contas públicas do Estado, aproveitou o domingo e foi a Tramandaí para conversar com Padilha. Feltes está preocupado com a agilização das pautas do governo federal em Brasília, em especial o pedido de repasse de receitas da União por conta da manutenção de rodovias federais há mais de duas décadas.
O Estado entende que, ao repassar parte destes recursos no final do governo de Olívio Dutra (PT), ainda assim a União teria deixado um saldo em favor do governo gaúcho em aberto.
A PEC dos gastos públicos
Hoje o aliado mais articulado no Congresso Nacional, o deputado gaúcho Darcísio Perondi, vice-líder do governo e relator da PEC do Teto dos Gastos Públicos, vem fazendo uma costura com todos os partidos. Otimista, ele tem apostado que a PEC pode ser votada na Câmara dos Deputados antes do dia 30 de outubro. Um dos trunfos de Perondi na negociação é a garantia do governo de que o congelamento de gastos exclui saúde e educação.
Aplicativos para fiscalizar a campanha eleitoral
Sucesso na atual campanha eleitoral, o aplicativo que permite ao eleitor denunciar irregularidades, chamado de Pardal pela Justiça Eleitoral, vem recebendo milhares de denúncias em todo o País. O aplicativo permite que os eleitores façam denúncias de propaganda eleitoral irregular, tanto nas ruas como na internet e em veículos de comunicação.
A denúncia é feita pelo próprio aplicativo, com o envio de fotos, vídeos ou áudios. Por exemplo, se um eleitor encontrar um outdoor de um candidato na rua, que é proibido, pode tirar uma foto e mandar pelo aplicativo, que automaticamente envia a denúncia para análise do Ministério Público Eleitoral. Também é possível denunciar outras irregularidades como compra de votos, uso da máquina administrativa ou gastos irregulares.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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