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Brasil Servidores pedem saída de ministro da Transparência

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Servidores da extinta CGU (Controladoria-Geral da União) fazem ato em que pedem a exoneração imediata do ministro da Transparência, Fiscalização e Controle. (Foto: Antonio Cruz/ABr)

Após a divulgação de conversas gravadas em que aparece criticando a Operação Lava-Jato e dando orientações para a defesa de investigados em esquema de desvios de recursos na Petrobras, o ministro da Transparência, Fiscalização e Controle, Fabiano Silveira, negou, em nota, qualquer intervenção a favor de terceiros.

Os áudios foram revelados ontem (29) pelo programa “Fantástico”, da TV Globo, segundo o qual as gravações foram feitas por pelo ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado no fim de fevereiro, durante um encontro na casa do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

Mais cedo, funcionários do órgão fizeram um protesto pedindo a saída de Silveira do cargo de ministro. O sindicato “exige a imediata exoneração” do ministro, assim como a revogação da legislação que determinaram as mudanças na CGU (Controladoria-Geral da União), órgão que era responsável por investigar e combater a corrupção no governo.

Funcionário de carreira do Senado, Silveira participou da reunião quando ainda era integrante do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), indicado por Calheiros para o cargo. A conversa ocorreu antes de ele assumir o comando da pasta criada pelo presidente interino Michel Temer para substituir a extinta CGU.

Por meio de nota, Silveira disse ter comparecido “de passagem” à residência do presidente do Senado, sem saber da presença de Sérgio Machado, com quem não tem nenhuma relação pessoal ou profissional. Ele negou ter feito qualquer intervenção em órgãos públicos a favor de terceiros. “Chega a ser um despropósito sugerir que o Ministério Público […] possa sofrer interferências”, diz a nota.

Segundo a assessoria do ministro, após ter sido procurado pela produção do “Fantástico”, o ministro entrou em contato com o presidente interino Michel Temer e seguiu para assistir a reportagem ao lado de Temer, que teria dito não haver enxergado críticas à Lava-Jato nas declarações de Silveira. Ainda segundo a assessoria, Silveira não poderia, à época das gravações, “sequer imaginar que se tornaria ministro”.

Estratégia

Nos áudios, Machado, Renan, Silveira e Bruno Mendes, advogado do presidente do Senado, discutem a cobertura da mídia e estratégias de defesa envolvendo a Operação Lava-Jato.

Em um dos trechos, Silveira diz que a Procuradoria-geral da República “está perdida nessa questão”, ao comentar as investigações envolvendo Sérgio Machado no âmbito da Lava-Jato.

Em um momento anterior da conversa, Silveira parece orientar Renan Calheiros a não entregar à PGR uma versão de sua defesa para os fatos investigados.

“A única ressalva que eu faria é a seguinte: está entregando já a sua versão pros caras da… PGR, né. Entendeu? Presidente, porque tem uns detalhes aqui que eles… (inaudível) Eles não terão condição, mas quando você coloca aqui, eles vão querer rebater os detalhes que colocou. (inaudível)”, diz Silveira nos áudios veiculados pela TV Globo.

Em outra passagem, Renan se demonstra preocupado com uma denúncia de que sua campanha teria recebido R$ 800 mil em propinas ligadas à Transpetro. “Cuidado, Fabiano! Esse negócio do recibo… Isso me preocupa pra c…”, afirma o presidente do Senado.

A reportagem da TV Globo disse ter apurado que Silveira serviu como emissário de Calheiros no contato com pessoas ligadas a investigações da Lava Jato.

As conversas entre Sérgio Machado e membros da cúpula do PMDB começaram a vir à tona há uma semana, quando o jornal Folha de S. Paulo publicou trechos de áudios em poder da PGR. O executivo teria gravado as conversas para negociar uma delação premiada, pois temia ser preso na Lava-Jato. (ABr)

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https://www.osul.com.br/servidores-pedem-saida-de-ministro-da-transparencia/ Servidores pedem saída de ministro da Transparência 2016-05-30
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