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Por Redação O Sul | 7 de fevereiro de 2016
O setor de autopeças, que demitiu 29,8 mil trabalhadores em 2015, prevê mais 8,4 mil cortes neste ano diante das projeções da continuidade de queda nas vendas de veículos.
Hoje, o setor emprega 164,9 mil pessoas, o menor contingente em 25 anos, segundo dados disponíveis no relatório anual do Sindipeças (Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores).
O investimento das empresas do ramo, de 622 milhões de dólares, foi 55% inferior ao de 2014. Em 2016, deverá ser menor ainda: 575 milhões de dólares. O ganho nominal caiu 17,7%, para 63,2 bilhões de reais. A perspectiva é de certa estabilidade.
Diversas companhias, especialmente de pequeno porte, são as mais afetadas pela crise. Em São Paulo, a Metalúrgica Cartec, uma das 40 mil fabricantes de autopeças do Estado, informou que em quatro anos o faturamento encolheu pela metade. O presidente da empresa, Valter Kwast, explicou que em 2011 a fábrica produzia 170 mil peças por mês. “Agora, no máximo, faço 90 mil”, lamentou o empresário.
Os ganhos da empresa, que produz tubos de alta pressão para motores a diesel e peças de injeção de combustível para caminhões, ônibus e tratores, hoje é de 3,5 milhões de reais por mês, 50% da receita habitual de quatro anos atrás. (AE)