Agro Silo-bolsa: Solução lucrativa e inteligente
Por Redação O Sul | 28 de fevereiro de 2019
Do momento da colheita até a venda do grão, inúmeros eventos podem ser definitivos para a lucratividade do produtor rural, sendo que o armazenamento da produção e a independência de comercialização têm papel fundamental no alcance pelo melhor valor por saca. Neste cenário, o silo-bolsa desponta, no Brasil, como um sistema cada vez mais conhecido e popular entre produtores de diferentes portes. De acordo com a Marcher Brasil, empresa de armazenagem móvel e pioneira no desenvolvimento e fabricação de implementos para esse sistema, 11% da safra nacional de 2018 foi estocada em silos-bolsa.
O silo-bolsa garante a autonomia do produtor, que pode estocar a safra na propriedade rural de forma segura e nas cercanias da sede, aguardando o melhor momento para negociá-la, escapando, por exemplo, dos custos de transporte durante os períodos de alta temporada. Além disso, o sistema apresenta uma relação custo-benefício vantajosa quando comparado ao uso do silo metálico ou de armazenamento em terceiros. A armazenagem em silo-bolsa proporciona ao produtor uma economia de 40% sobre a estocagem em silo fixo, e de 80% em terceiros. Os dados foram levantados pela Marcher Brasil em pesquisa realizada juntamente a clientes, revendas e cerealistas. O estudo leva em conta valores de investimento na construção de um silo metálico com vida útil de 20 anos e capacidade anual para 40 mil sacas, valores de aluguel de armazenamento em terceiros, investimento em silos-bolsa, para estocar o mesmo montante durante igual período de tempo e aquisição da embolsadora e extratora de grãos.
“É fato que um dos maiores gargalos para a lucratividade do produtor é a independência na hora de negociar a safra. A greve dos caminhoneiros, no início deste ano, também nos mostrou como o escoamento da produção pode tornar refém o agricultor que não possui um sistema próprio de armazenamento e que depende de rotas alternativas para despachar a sua produção. Temos um mercado forte e carente de soluções práticas e objetivas. Por isso, acreditamos que o Brasil possa seguir os passos da Argentina, onde o silo-bolsa já é utilizado para estocar cerca de 50% da produção anual”, afirma Fernando Herrmann, diretor da empresa.
Outros números:
· Em 2017, o número de grãos armazenados em silos-bolsa no Brasil foi de 18 milhões de toneladas, aumento de 97% sobre 2016.
· De acordo com indicadores da Marcher Brasil, desde 2016, a variação média do valor dos fretes tem sido de 21%, podendo atingir até 40% em alguns trechos.
· As variações de preço das sacas têm sido expressivas, e têm impactado no volume a ser estocado, visando maior lucratividade. Entre 2016 e 2017, as sacas de soja e de milho tiveram redução de 13,3% e 31,4% respectivamente. Já de 2017 para 2018, houve um aumento de 33% e 67%.
Características dos silos-bolsa:
· Na bolsa, o grão se mantém com a mesma qualidade do dia em que foi colhido. Isso se deve ao fato de que, ao ser embolsado, o grão consome quase todo oxigênio presente dentro da bolsa, deixando o ambiente rico em dióxido de carbono, que mantém distante os insetos e impossibilita a existência e proliferação de pragas, fungos ou insetos.
·Os silos-bolsa são feitos de polietileno e aditivos anti-UV, que o seu conteúdo protegido. As bolsas têm vida útil de 24 meses e, após o uso, o silo pode ser vendido para empresas de reciclagem.
Outras vantagens do armazenamento em silos-bolsa:
· Os grãos ou forragem ficam totalmente selados.
· Dispensa a contratação de frete entre a fazenda e a cooperativa/trading no período de colheita.
· Armazenagem segregada de grãos de acordo com sua qualidade comercial ou transgenia.
· Incremento da capacidade de recepção e armazenagem em plantas armazenadoras já existentes.
