Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 4 de julho de 2016
Titia Monique, como Monique Evans muitas vezes fala de si mesma, está com a corda toda. Faz 60 anos nesta terça-feira, no mesmo dia em que o biquíni completa seus 70 anos. Depois de muito tempo sem festejar a data, ela resolveu dar um festão para quase 700 convidados. Quer se ver cercada de amigos da vida toda e, claro, da namorada, a DJ Cacá Werneck. Ex-modelo, apresentadora e símbolo sexual dos anos 1980, Monique diz que nada mudou.
Temperamento de garota.
“Ainda me sinto como uma garota porque não consegui amadurecer, mesmo sendo avó e tudo. Os 60 são os novos 40. As avós de hoje trabalham, correm atrás, namoram pela internet, saem para dançar. Acho que não amadureci porque é do meu temperamento, da minha personalidade. Continuei romântica, sonhadora, boba, acreditando nos outros. Sou totalmente adolescente. A única coisa que sinto diferente em mim é a minha saúde, porque acho que já não sou tão forte como eu era antigamente.”
Borderline.
Tentativas de suicídio foram muitas. Monique sofre de Síndrome de Borderline desde a adolescência, mas só foi diagnosticada em 2013, quando foi internada em uma psiquiatria. “Sofro desde pequenininha. Não posso dizer nunca mais, porque tenho que viver cada dia. É uma coisa muito séria e só fui diagnosticada na primeira vez que me internei. De vez em quando, tenho vontade de me cortar. Border também tem muito essa coisa de bater no rosto. Quem sofre desta doença, quando está com uma dor muito grande na alma, prefere que a dor seja física.” Sonho? Ela quer ser feliz e acabar com a tristeza que vem de vez em quando.
“Posso te fazer mais feliz do qualquer homem”, disse à Monique Evans sua namorada.
Apesar de ser portadora da Síndrome de Borderline, de uns tempos para cá, a vontade de morrer de Monique Evans deu um tempo. Mais precisamente depois que conheceu sua namorada, a DJ Cacá Werneck, 32 anos, com quem está há dois. “Nunca tinha ficado com mulher. Eu estava há quatro anos sem beijar na boca, sem transar. Conheci pelo Facebook, e ela foi me visitar na clínica. Mandou cinco dúzias de rosas para lá. Eu não podia nem colocar em um vaso, porque não podia ter vidro. Tive que pôr as flores no lixo. Quando saí da clínica, a Cacá disse: ‘Posso te fazer mais feliz que qualquer homem’. Expliquei que nunca tinha dado nem beijo em mulher e que ela ia ter de ter paciência. Demorei para dar o primeiro beijo. Na primeira transa, tudo que ela fazia eu copiava, porque eu não sabia o que mulher fazia com mulher. Me apaixonei pela Cacá, pela alma dela, pelo cuidado que tem comigo.”
A família aceitou tudo, incluindo a mãe, Conceição, 82. A primeira a saber foi sua nora. “A primeira coisa que fiz foi contar pra minha nora e ela disse que achava que meu filho ia aceitar numa boa. No dia seguinte, ele me mandou uma mensagem dizendo: ‘O que eu mais quero é te ver feliz’”. (AG)