Terça-feira, 23 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 2 de maio de 2017
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
“Tem muita gente apostando no ‘delay’, no atraso dos processos.”
Ministro Gilmar Mendes (STF) sobre eventual decepção com o fim do foro privilegiado.
A eventual candidatura presidencial do prefeito João Doria Júnior, em 2018, agrada a dois dos três principais pretendentes à vaga do PSDB, José Serra (SP) e Aécio Neves (MG), mas desagrada Geraldo Alckmin. O governador já não esconde o desconforto com o protagonismo de Doria, em conversas reservadas. Até porque assessores próximos, que envenenam a relações dos dois, não deixariam Alckmin esquecer.
Brigando com pesquisas
Alckmin e assessores não se conformam com pesquisas indicando Doria como tucano de candidatura presidencial mais promissora.
Feridos de morte
As mesmas pesquisas encomendadas pelo PSDB mostram que a Lava-Jato feriu de morte os presidenciáveis tucanos, à exceção do prefeito.
A vez do ficha limpa
A tendência do eleitor, pelas pesquisas, é não votar em investigados da Lava-Jato, e optar por novos nomes, ficha limpa, de fora da política.
Ameaça de Lula
Lula já supera Alckmin, Serra e Aécio na cidade de São Paulo e nos principais municípios do ABC. Ali, hoje, somente Doria venceria Lula.
Nova Lei de Migração ganha destaque na ONU
A nova Lei de Migração do Brasil, de autoria do senador e atual ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, tem recebido elogios de entidades internacionais como o Alto Comissariado para Refugiados, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha e a Organização Internacional para Migrações. A nova lei simplifica o processo migratório, reduz a burocracia e aprimora a segurança interna.
Suspeitos, go home
Com a lei de Migração, não serão aceitos no Brasil suspeitos de terrorismo, genocídio ou de crimes de guerra.
Lei forte
Além de vedar o acesso de terroristas no Brasil, a lei de Migração regulamenta a repatriação, a deportação e a expulsão do País.
Inovação penal
A lei atualiza a cooperação penal internacional. Além da extradição, há a transferência de presos e a transferência da execução da pena.
Caminho da reforma
Apesar do chororô de sindicalistas que vão perder a boquinha obrigatória da contribuição sindical, a reforma trabalhista deve ser aprovada sem sofrimento no Senado, pelas previsões do Planalto.
Contrato temporário
A lei de terceirizações, aprovada em 22 de março pela Câmara, previa extensão para até 270 dias os contratos temporários ou de experiência, mas Michel Temer vetou o dispositivo. Seu veto será analisado.
Voto em causa própria
Para o senador Cristovam Buarque (PPS-DF) a lei de abuso de autoridade “visa proteger nós políticos contra a Lava-Jato e outras que possam surgir”. Ele acha que a lei pode até inviabilizar novas delações.
STF revê privilégio
O STF vai decidir esta semana se é necessária autorização prévia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (e de muitos outros Estados) para processar e afastar do cargo o governador. No caso mineiro, Fernando Pimentel (PT) é investigado na Operação Acrônimo.
Prioridades
Estão previstas para esta terça (2), mas devem ser adiadas, reuniões a eleição para a Comissão Mista de Orçamento, o fim da discussão sobre reforma da Previdência, e a reforma política.
Depende das memórias
Se José Sarney não publicar ainda este ano as suas memórias (já concluídas), é porque vai aceitar disputar uma vaga para o Senado aos 89 anos de idade, em 2018. Para as memórias, haverá mais tempo.
Crime imprescritível
A Proposta de Emenda à Constituição que torna imprescritível o crime de estupro ainda não cumpriu cinco sessões de discussão em 1º turno, como pede a Lei. Deve ser votada no Senado nesta quarta-feira (3).
Senado no banco dos réus
O Supremo Tribunal Federal pode julgar, esta semana, uma ação penal contra senador Dario Berger (PMDB-SC) por “uso indevido, em proveito próprio/alheio, de bens, rendas ou serviços públicos”.
Pensando bem…
… nos protestos em São Paulo, em muitos momentos havia mais repórteres documentando a ação do que ativistas propriamente ditos.
PODER SEM PUDOR
Unidos só no desastre
O tucano José Serra sempre preferiu o “voo solo”, o que o afasta até de correligionários. Em 1994, quando o PSDB ainda não havia escolhido o candidato ao governo paulista, ele aceitou carona no helicóptero de Mário Covas, com quem vivia às turras, entre Jaú e a capital. Após algum tempo de voo, entraram em uma área de forte turbulência. O helicóptero sacudia muito e Serra, que tem medo de voar, agarrou a mão mais próxima. Era a de Covas. O deputado Aloysio Nunes, hoje ministro das Relações Exteriores, não perdeu a piada:
– Só assim para estes dois se darem as mãos…
Com André Brito e Tiago Vasconcelos
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Voltar Todas de Cláudio Humberto