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Política “Só pode ser brincadeira”, disse o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot sobre crítica a investigação da mala

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O ex-procurador Rodrigo Janot. (Foto: STF)

Após o PMDB criticar, em propaganda, o acordo de delação premiada de executivos da J&F, o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot disse nessa quarta-feira que “adotaria a mesma postura” se analisasse o caso hoje. Em palestra sobre a Operação Lava-Jato em São Paulo, Janot afirmou que os crimes apontados por Joesley Batista só podiam cessar se o Ministério Público fechasse o acordo.

“Ou eu fazia cessar os crimes em curso praticados por altas autoridades da República ou eu fechava os olhos e deixava para lá”, afirmou, dizendo que os empresários tinham informações que só podiam ser usadas numa denúncia se houvesse delação. “Pela nossa lei 12.850, as informações que me são passadas antes da colaboração, se são passadas em razão de se fazer uma colaboração, eu não posso utilizar. Então, não posso investigar com base nisso”, acrescentou.

“Eu deliberei pelo interesse público. Vou fazer cessar esses crimes.” O vídeo do PMDB, veiculado desde terça-feira em rede nacional, usou a tese de que houve “falsa prova” utilizada por Janot ao apresentar as duas denúncias contra Temer. Ele não falou sobre a legenda, apenas exaltou os feitos da Procuradoria-Geral da República.

Na palestra, o ex-procurador-geral também voltou a criticar o novo diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segóvia, que apontou dúvida sobre a conclusão de que houve corrupção por parte de Michel Temer no caso JBS.

“Uma única mala talvez não desse toda a materialidade criminosa que a gente necessitaria para resolver se havia ou não crime”, disse Segóvia, a respeito de um dos pilares da PGR para denunciar Temer.

“Só pode ser brincadeira”, rebateu Janot. “Se você pegar uma mala de R$ 500 mil resultado de uma ação controlada autorizada no Supremo Tribunal Federal e dizer que uma mala só não é prova de crime. R$ 500 mil? Quantos brasileiros recebem R$ 500 mil por ano? Eu como procurador da República não ganho R$ 500 mil por ano”, disse.

Antes, o ex-procurador-geral já havia questionado se Segovia ignorava o inquérito ou falava “por ordem de alguém”. Em sua exposição no evento, intitulado “As relações Brasil-Itália”, Janot defendeu a Lava Jato, as delações premiadas e execução de prisões a partir da decisão da segunda instância. O evento foi organizado pelos escritórios de advocacia Lacaz Martins e CBA Studio Legale e Tributario (da Itália).

Ele listou episódios que, considera, forneceram um cenário favorável para as investigações da operação, como o julgamento do mensalão, os protestos de rua e a lei das organizações criminosas. Segundo Janot, o maior desafio em sua gestão na PGR foi fechar a delação da Odebrecht, que antecedeu a da J&F.

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