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Brasil Sob boatos de esvaziamento, a Operação Lava Jato avança contra partido do governo

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(Foto: Reprodução)

Sob boatos de esvaziamento, a Operação Lava-Jato em Curitiba avança sobre o esquema de corrupção comandado por apadrinhados do PMDB, na Petrobras. A 38ª. fase deflagrada nesta quinta-feira (23), Operação Blackout, tem como alvos principais os lobistas Jorge Luz e seu filho Bruno Luz, considerados operadores de propinas do partido.

O juiz federal Sérgio Moro, dos processos em primeira instância da Lava-Jato em Curitiba, decretou a prisão dos lobistas, que são suspeitos de terem ligação com o senador Renan Calheiros (PMNDB-AL).

Os dois são investigados por corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas, em contratos na Diretoria Internacional da Petrobras, que era cota do PMDB no esquema de fatiamento dos postos chave da estatal entre partidos da base de governo – que incluía ainda PT e PP.As ordens de prisão expedidas pela 13ª. Vara Federal de Curitiba consideram ainda supostos pagamentos de propinas em negócios das diretorias de Serviço (cota do PT) e Abastecimento (cota do PP), na Petrobras.

Com auxílio de autoridades internacionais e com base nos depoimentos de delatores da Lava-Jato, que apontaram o envolvimento dos lobistas no esquema de corrupção na Petrobras, a força-tarefa chegou à contas secretas na Suíça e nas Bahamas, abertas em nome de offshores, usadas para pagamentos de propinas, em especial em contratos da área Internacional.

Dois deles são da compra e operação dos navios-sonda Petrobras 10.000 e Vitória 10.000. O negócio já é alvo de processos na Justiça Federal contra o ex-diretor de Internacional da estatal Jorge Zelada e contra o ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Jorge e Bruno Luz também teria envolvimento em corrupção referente à venda, pela Petrobras, da Transener para a empresa Eletroengenharia, informou o Ministério Público Federal. Há ainda negócios sob investigação na área de Abastecimento: contrato de aluguel do terminal de tancagem para a Trafigura e de fornecimento de asfalto com a empresa Sargent Marine. E na área de Serviços: por contratos de construção de plataformas para exploração de petróleo nos campos do pré-sal, para a Petrobras, via empresa Sete Brasil.

A Lava-Jato já prendeu dois operadores apontados como ligados ao esquema do PMDB, na corrupção descoberta na Petrobras: Fernando Soares Falcão, o Fernando Baiano, e João Henriques. Jorge e Bruno Luz são considerados dois dois mais antigos lobistas da Petrobras. Eles moram no Rio, onde estão sendo cumpridas as ordens da Operação Blackout.

Em delação premiada, o ex-diretor de Internacional da estatal Nestor Cerveró revelou que os operadores são responsáveis pelo repasse de US$ 6 milhões em propinas que tinham como destinatária o ex-presidente do Senado Renan Calheiros.

Em abril do ano passado, ao ser ouvido em processo, ele confirmou a Moro a infirmação. “(Jorge Luz) foi o operador que pagou os US$ 6 milhões da propina da sonda Petrobras 10.000, foi o encarregado de pagar ao senador Renan Calheiros”, disse o delator ao ser questionado pela defesa de Salim Schahin sobre a atuação de Jorge Luz em relação às propinas recebidas por Cerveró.

A propina teria sido repassada na época da contratação do navio-sonda, em 2006. Os irmãos Schahin são também delatores da Lava-Jato. Fernando Baiano confirmou a ligação de Jorge Luz com propinas ao senador e outros peemedebistas. Calheiros tem foro privilegiado, por ser senador, e não é alvo da Operação Blackout. As apurações da Lava-Jato contra o peemedebistas correm no STF (Supremo Tribunal Federal). (AE) 

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