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Brasil Sociedade Brasileira de Pediatria afirma que faltam 3.300 leitos de UTI neonatal no País

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A SBP também alerta para a importância de que as gestantes passem por um pré-natal de qualidade. (Foto: Reprodução)

No Brasil, a vida e a saúde de milhares de bebês recém-nascidos estão em risco por conta de falhas na gestão da rede pública de assistência, segundo a SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria). De acordo com dados do CNES (Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde), o País sofre com um déficit de 3.305 leitos de UTIs (Unidades de Tratamento Intensivo) específicos para o acolhimento de crianças que nasceram antes de 37 semanas e que apresentam quadros clínicos graves ou que necessitam de observação.

Esse número representa quase a metade dos serviços já disponíveis e foi estimado com base no parâmetro ideal estabelecido pela SBP: quatro leitos para cada grupo de 1 mil nascidos vivos. Para a presidente da SBP, Luciana Rodrigues, essa é apenas uma das variáveis que têm repercussão negativa na atenção aos recém-nascidos e suas mães no Brasil. Por conta dessa realidade, a sociedade lança a campanha Nascimento Seguro na abertura do 7º Simpósio Internacional de Reanimação Neonatal, que acontece de 5 a 7 de abril, em Foz do Iguaçu (PR). O projeto foi inspirado em movimento de defesa pelo parto seguro, organizado pela Sociedade de Pediatria de Santa Catarina.

“É indispensável e fundamental que exista toda segurança necessária em cada nascimento. Isso inclui a presença do pediatra, sempre, para assistir ao recém-nascido, assim como de todos os outros membros da equipe, incluindo o obstetra e a enfermeira. Assim, assegura-se o bom atendimento para a mãe e o recém-nascido”, disse Luciana. Ela espera que o lançamento dessa campanha leva a reflexões e à tomada de decisões, em especial pelo Ministério da Saúde, com ênfase no fortalecimento dos cuidados ao binômio mãe-filho, “valorizando-se a presença do pediatra, único médico habilitado para assistir o recém-nascido normal e o recém-nascido de risco”.

Atualmente, de acordo com o CNES, existem em funcionamento 8.766 leitos do tipo no País (públicos e privados), o que corresponde a uma razão de 2,9 leitos por grupo de 1 mil nascidos vivos. Se considerados apenas os leitos oferecidos pelo SUS (Sistema Único da Saúde), essa taxa cai para 1,5 leitos/1.000, considerando-se as 4.677 unidades disponíveis para essa rede.

Além da preocupação com a oferta de UTIs, a SBP também alerta para a importância de que as gestantes passem por um pré-natal de qualidade, com um número mínimo de seis consultas durante a gravidez e com o acesso aos exames necessários. Há inúmeros relatos de dificuldades das mulheres para completar esse ciclo, que deve incluir a realização de consultas, ecografias e mesmo de testes para diagnóstico de sífilis e outras doenças.

“A população espera que sejam tomadas medidas que garantam profissionais capacitados e condições de infraestrutura de atendimento em hospitais e postos de saúde. Trata-se de um conjunto de ações que precisam ser colocadas em prática, de Norte a Sul do País. Essa é uma condição essencial se queremos, de fato, um futuro melhor para nossas crianças e nosso Brasil”, reiterou a presidente da SBP, ao avaliar a situação da assistência à gestante e ao recém-nascido.

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https://www.osul.com.br/sociedade-brasileira-de-pediatria-afirma-que-faltam-3-300-leitos-de-uti-neonatal-no-pais/ Sociedade Brasileira de Pediatria afirma que faltam 3.300 leitos de UTI neonatal no País 2018-04-05
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