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Por Redação O Sul | 14 de maio de 2017
Emilio Odebrecht, patriarca da empresa que leva seu sobrenome, seu herdeiro Marcelo e o ex-diretor de relações institucionais da empreiteira Alexandrino Alencar voltaram a depor para a força-tarefa da Operação Lava-Jato.
Os três assinaram acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal, homologado pela presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) Cármen Lúcia em janeiro deste ano.
Emílio, Marcelo e Alexandrino foram convocados a depor novamente para dar mais detalhes sobre assuntos referentes a investigações envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Emílio e Alexandrino viajaram até Curitiba (PR), há 15 dias, para falar com os procuradores. Marcelo está preso na Superintendência da Polícia Federal, na capital paranaense.
Os três tiveram de dar mais detalhes sobre as reformas no sítio Santa Barbara, em Atibaia (SP), frequentado pela família Lula. A propriedade rural pertence formalmente a Jonas Suassuna e Fernando Bittar, amigos de Fábio Luís Lula da Silva, filho do ex-presidente.
A Odebrecht participou de uma reforma nas dependências do sítio, em 2010, no final do último ano do mandato de Lula. A empresa gastou, segundo os delatores, mais de R$ 1 milhão em obras no local.
Os delatores também tiveram que complementar os depoimentos que fizeram sobre a contratação pela Odebrecht da empresa Exergia Brasil, que pertence a Taiguara Rodrigues dos Santos, sobrinho da primeira mulher de Lula.
Executivos da Odebrecht afirmaram que o ex-presidente intermediou negócio da construtora com empresa do sobrinho Taiguara, no âmbito de contratos em Angola, com financiamento do BNDES.
Lula tem negado todas as acusações. Em nota, seu advogado Cristiano Zanin afirma que “Lula é inocente, como demonstraram as inúmeras testemunhas já ouvidas com o compromisso de dizer a verdade”. (Folhapress)