Sábado, 20 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 19 de agosto de 2019
Um dos principais produtos agrícolas brasileiros, a soja, se tornou um novo ponto de tensão entre o presidente americano, Donald Trump, e o governo chinês. Em retaliação à alta de tarifas sobre bens industrializados da China, o governo de Xi Jinping passou a tributar em 25% diversos produtos agrícolas americanos, entre eles, a soja.
O Brasil acabou se beneficiando com a venda dos grãos, já que como o americano ficou mais caro, a China substituiu as compras dos EUA pelo produto brasileiro. Com isso, o Brasil tornou-se o maior exportador de soja para China e também do mundo. Segundo a emissora da televisão estadunidense CNN, o presidente Donald Trump estaria muito insatisfeito com a substituição por parte da China.
Exportação recorde
Em 2018, o primeiro ano da guerra comercial, as exportações brasileiras para a China cresceram 35% na comparação com 2017, gerando uma balança comercial positiva para o Brasil em US$30 bilhões. Neste primeiro semestre, a exportação de soja caiu 20% na comparação com o mesmo período de 2018, conforme dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Isso ocorreu pois a demanda da China sofreu uma redução. O Departamento de Agricultura dos EUA estima que o setor de exportação de grãos vai precisar de pelo menos cinco anos para voltar a obter resultados como os de 2017. Para reduzir o estrago e impedir que a situação reduza a sua base eleitoral (parte dos eleitores de Trump é composta por agricultores), o presidente americano aprovou um pacote de auxílio de US$28 bilhões.