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Política Somente uma conexão direta entre o dinheiro atribuído ao ex-ministro Geddel e o presidente Michel Temer daria força a uma nova denúncia contra o presidente

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Só a descoberta de um vínculo direto entre o presidente e a dinheirama atribuída ao seu ex-ministro Geddel daria motivo a uma segunda denúncia da PGR contra Temer. (Foto: Reprodução)

Aliados e adversários de Michel Temer admitem que, no cenário atual, só a descoberta de um vínculo direto entre o presidente e a dinheirama atribuída ao seu ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) reacenderia o desejo do Congresso Nacional de aceitar a segunda denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra o presidente.

A delação do empresário e doleiro Lúcio Funaro, apontado como operador de propinas dentro do PMDB, homologada pelo STF (Supremo Tribunal Federal), seria insuficiente para afastar Temer. Uma das razões é que Funaro admitiu que não tinha proximidade com o presidente. O outro motivo é que o governo tratará o doleiro como criminoso confesso, reincidente e violento.

Sistema político ruim

Em palestra na sexta-feira em Washington (EUA), o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luís Roberto Barroso disse que uma eventual apresentação de uma segunda denúncia contra o presidente Michel Temer mostraria que o sistema político brasileiro “opera de forma muito ruim”.

“Esse indiciamento confirmaria que o sistema opera de forma muito ruim, porque é um sistema no qual todos os atores relevantes enfrentam problemas. Provavelmente todos os ex-presidentes menos um enfrentam problemas”, disse Barroso, que não quis confirmar se o pedido de abertura de novo indiciamento já havia sido encaminhado para a presidente do STF, Cármen Lúcia.

“O relator vai checar as formalidades básicas e o próximo passo será mandá-lo para a Câmara dos Deputados de acordo com o procedimento constitucional estabelecido para o indiciamento do presidente”, limitou-se a dizer Barroso durante evento no Brazil Institute do Wilson Center, na capital americana.

Questionado sobre a possibilidade de prisão dos delatores da JBS, incluindo Joesley Batista, depois que o procurador-geral, Rodrigo Janot, decidiu pedir a revogação da imunidade concedida sob acordo de delação, Barroso também evitou comentar.

“Os juízes falam depois de decidir, ao fim da investigação. Quando vier para a mão, vou ter uma opinião. Agora, sou estou olhando”, disse.

Com a revogação da imunidade, haveria a possibilidade de Janot pedir sua prisão.

Novos áudios

O movimento foi feito depois de um áudio entregue à PGR no último dia 31 sugerir que o ex-procurador Marcello Miller teria ajudado Joesley e Ricardo Saud, diretor e lobista do grupo JBS, no processo de delação quando ainda era procurador.

Ao retirar o benefício, Janot considerou que houve descumprimento do acordo de delação.

Em depoimento à Procuradoria-Geral da República por quase três horas na quinta-feira, Joesley disse que não recebeu orientações de Miller para negociar o acordo de delação, nem para gravar o presidente Michel Temer em encontro no Palácio do Jaburu, em março.

Além de Joesley, Saud e outro delator da JBS, Francisco de Assis e Silva, executivo e advogado da empresa, também prestaram depoimento na quinta. Miller deve depor na sexta-feira.

Na quarta-feira, o também ministro do STF Luiz Fux defendeu a prisão de Joesley e dos outros delatores da JBS. Segundo Fux, os delatores “ludibriaram a Procuradoria, degradaram a imagem do Brasil no plano internacional e atentaram contra a dignidade da Justiça”.

“Eles devem sair do exílio nova-iorquino para o exílio da Papuda”, disse Fux, em referência à prisão do Distrito Federal.

A reação veio depois que, em um dos áudios revelados nos últimos dias, Joesley e Saud falavam em pressionar o ex-ministro da Justiça do governo Dilma, José Eduardo Cardozo, que, segundo Saud, teria cinco ministros do Supremo “na mão” – sem esclarecer o que seria isso.

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