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Colunistas Sopa de letrinhas

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Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

É tempo de Natal. O comércio quer vender. Anuncia o que tem de melhor seja em preço, seja em exclusividade. Com frequência, porém, deixa a língua em segundo plano. Resultado: o tiro sai pela culatra. Ora peca pela grafia. Ora, pela lógica.

As letras fazem a festa. Às vezes sobressai a falta ou a troca de uma. É o caso de cartaz do restaurante que alardeia “pudim de leite condenado e doces diversos”. Ou do mercado que exibe “peido de franco sem pele e sem osso”.

Outras vezes a grafia merece nota 10. Mas a lógica sofre como escravo no tronco. Vale o exemplo do cursinho que se orgulhou de ter “22 alunos entre os 10 primeiros colocados”. Ou da loja que quis atrair clientes com esta promoção: “Qualquer peça por R$ 20 exceto algumas peças”.

De Olavo Bilac

“Os livros não matam a fome, não suprimem a miséria, não acabam com as desigualdades e com as injustiças do mundo, mas consolam as almas e fazem-nos sonhar.

Faz e sofre

O assunto da semana? É a reforma da Previdência. O verbo aposentar ganhou manchete. Com ele, a questão: o trabalhador aposenta ou se aposenta?

Na língua há verbos hermafroditas. São criaturas que jogam em dois times. Um deles: transitivos diretos. O outro: pronominais. É o caso do verbo que dá descanso remunerado a quem labuta boa parte da vida.

Quem aposenta aposenta alguém: O Tesouro aposenta os servidores. (Tesouro é sujeito; servidores públicos, o objeto direto.) O INSS aposenta o trabalhador da iniciativa privada. (INSS é o sujeito; trabalhador da iniciativa privada, o objeto direto.)

Às vezes, o sujeito e o objeto são o mesmo ser. O verbo vira pronominal: O servidor público se aposentou (ele pratica e sofre a ação). Eu me aposento daqui a dois anos. Ele se aposentou na semana passada. Com a mudança na lei, nós não sabemos quando nos aposentaremos.

Sobra

O ministro da Previdência convocou a imprensa para apresentar as mudanças nas regras da aposentadoria. Pra começo de conversa, disse que apresentaria um “panorama geral” dos desafios a serem enfrentados. Bobeou. Jogou no time dos que entram pra dentro e saem pra fora. Só se entra pra dentro e só se sai pra fora. Todo panorama é geral. O adjetivo sobra. Xô!

Prêmio

Em entrevista, Michel Temer disse que precisa “enfrentar de frente” o problema da Previdência. Baita pleonasmo. O presidente da República ganha um bombom Godiva ou um sorvete com calda de chocolate se enfrentar o problema de lado ou de costas. Basta enfrentar.

Acento? Assento?

A pronúncia é igualzinha. Por isso muita gente embarca na canoa furada. Troca os dois substantivos com a naturalidade com que troca o tênis, a bermuda ou a camiseta. Mas, como diz o conselheiro Acácio, as consequências vêm depois. Melhor prevenir. Acento: sinal gráfico (agudo, grave, circunflexo). Assento: lugar onde se senta (assento preferencial, assento na ABL, assento dianteiro).

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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