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Economia Souza Cruz anuncia fechamento de fábrica em Cachoeirinha; 190 trabalhadores serão demitidos

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Parte da unidade será desativada. (Foto: Divulgação)

Parte da unidade da fábrica da Souza Cruz de Cachoeirinha, na Região Metropolitana de Porto Alegre, será fechada. Em um comunicado, a empresa apontou como justificativa o “aumento excessivo de impostos e contrabando”. Com a medida, 190 funcionários serão demitidos. Outros 50 serão realocados.

Com esta medida, deixará de funcionar a fábrica de cigarros e o departamento gráfico. O CPD (Centro de Pesquisas e Desenvolvimento) seguirá operando no local.

Inaugurada em março de 2007, a unidade de Cachoeirinha trabalhava em dois turnos.

Leia o comunicado na íntegra:

“Aumento excessivo de impostos e contrabando levam Souza Cruz a fechar fábrica

A Souza Cruz anuncia hoje, 04 de fevereiro de 2016, que, em função do crescimento desenfreado do contrabando, encerrará parte de suas atividades no município de Cachoeirinha, Rio Grande do Sul, especificamente as que envolvem a produção de cigarros.

A decisão é resultado da imposição de sucessivos aumentos de impostos para o setor, principalmente IPI e ICMS. Nos últimos quatro anos, o IPI sobre cigarros já havia aumentado 110%, chegando o ajuste a 140% nas marcas de menor preço. Na última semana, este percentual foi novamente aumentado, em função da aprovação pelo Governo Federal de novo ajuste de 14% na alíquota do imposto, sendo 7% em maio e 7% em dezembro.

A elevada carga tributária, que chegará a 80% do valor de cada maço, tem impacto direto no valor de venda dos produtos, incentivando os consumidores a buscar alternativas de menor preço, especialmente no mercado ilegal, que no Brasil detém 31% do mercado total – percentual superior ao do segundo maior competidor formal do país. A situação é ainda pior na Região Sul – destino da maior parte da produção da fábrica de Cachoeirinha – onde os índices do mercado ilegal chegam a 43,3% no Rio Grande do Sul e 52,8% no Paraná.

O problema se mostra tão crítico que, entre 2011 e 2014, graças à prática de preços baixos pelo não pagamento de impostos, o volume comercializado pelo contrabando deu um salto de 39,4%, percentual que representa 9,3 bilhões de cigarros, o equivalente a cerca de 75% da produção anual da fábrica de Cachoeirinha. É pelo agravamento deste quadro que a Souza Cruz se viu forçada a tomar atitudes que sempre tentou evitar, como o encerramento das atividades da fábrica de Cachoeirinha.

As atividades desenvolvidas pelo Centro de Desenvolvimento de Produtos, localizado em Cachoeirinha; pela Usina de Processamento de Tabaco, em Santa Cruz do Sul, e pela Central de Distribuição, em Porto Alegre, permanecerão no Rio Grande do Sul. No total, são aproximadamente de 1500 empregos. Adicionalmente, em reconhecimento à relevância da Região Sul no suprimento de tabaco para todo o mundo, o Rio Grande do Sul também se tornará um Centro de Excelência em Tabaco para a British American Tobacco (grupo controlador da Souza Cruz), concentrando atividades de pesquisa, em Cachoeirinha, e de operações, em Santa Cruz do Sul.

A Companhia informa que 50 funcionários serão realocados para outros postos e que, mesmo com todos esforços para manter o máximo de colaboradores em seu quadro, 190 colaboradores da unidade serão desligados. Reafirmando seu compromisso social, a Souza Cruz oferecerá um pacote de benefícios diferenciado a estes colaboradores e um programa de transição de carreira.

A Souza Cruz esclarece, ainda, que envidou todos os esforços possíveis no diálogo com o poder público, em busca de uma alternativa que evitasse medida tão drástica como o encerramento das atividades da fábrica. Infelizmente, as razões apresentadas não foram suficientes para conter mais uma onda de elevação da carga tributária, que só virá a beneficiar o mercado ilegal.”

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