Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 20 de junho de 2015
A Suíça poderá endurecer as regras contra a lavagem de dinheiro depois da publicação de um relatório de um grupo indicado pelo governo que apontou que o país ainda está sujeito a crimes financeiros.
O documento do CGMT (o grupo interdepartamental de combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento de terrorismo, na sigla em inglês) da Suíça veio à tona em meio a um escândalo de corrupção envolvendo a Fifa, o organismo que administra o futebol em todo o mundo.
“[O relatório] mostrou que a Suíça não está imune aos crimes financeiros e ainda é uma localidade atraente para lavar os lucros do crime, sobretudo aquele cometido no exterior”, declarou o governo suíço em um comunicado.
A lavagem de dinheiro ligada às organizações esportivas acabou não sendo mencionada no documento.
Embora a CGMT tenha notado que a legislação em vigor é uma resposta adequada aos riscos atuais, mesmo assim recomenda oito medidas para aprimorar a atual infraestrutura contra a lavagem de dinheiro.
Estas incluem um esforço para aumentar o diálogo entre os setores público e privado, assim como o desenvolvimento e a sistematização de estatísticas. Após analisar o relatório, o governo suíço fará suas próprias recomendações ao parlamento.
A CGMT informou que o MROS (Escritório de Alerta de Lavagem de dinheiro da Suíça, na sigla em inglês) recebeu uma série de notificações de bancos relacionadas a acordos suspeitos no comércio de commodities.
A Suíça é o maior polo de negociação de petróleo e minério de ferro e sedia muitas empresas do setor, como Trafigura e Glencore. Dois terços destas notificações envolveram transações realizadas por empresas localizadas fora da Suíça, um obstáculo para se rastrear acordos duvidosos, afirmou a CGMT em seu relatório. (Reuters)