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Mundo Super Tucano em teste pela Força Aérea dos Estados Unidos sofreu um acidente durante um exercício de ataque

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Queda sem causa ainda definida é má notícia para a fabricante brasileira, que disputa concorrência com americanos. (Foto: Divulgação/Embraer)

Um turboélice A-29 Super Tucano, fabricado pela Embraer, caiu durante um exercício de ataque leve conduzido pela Força Aérea dos EUA em um campo de provas do Novo México, na sexta-feira (22). Dois tripulantes conseguiram se ejetar. Segundo comunicado da base de Holloman, um dele se feriu levemente e foi medicado, enquanto não há detalhes do estado do segundo. A causa do acidente não foi divulgada.

O avião participa da fase final da competição para fornecimento de aviões leves para missões de ataque a solo e reconhecimento. Inicialmente, os EUA querem adquirir 15 unidades, para depois expandir a até 120. Elas servirão para substituir o famoso A-10 Warthog (Javali, em inglês), um modelos subsônico a jato fortemente armado e blindado que opera desde 1977.

Os americanos estão procurando opções mais econômicas para a missão. Enquanto um A-10 tem sua hora-voo em cerca de US$ 17 mil (R$ 64 mil), a depender da configuração, o valor cai para US$ 1.500 (R$ 5.600) com o modelo brasileiro.

Em janeiro, o Super Tucano e o americano Hawker Beechcraft AT-6B Wolverine derrotaram outros cinco concorrentes e passaram para a fase de testes. Para poder participar da disputa, a Embraer apresentou o avião com sua parceira americana, a Sierra Nevada. O modelo foi montado na fábrica da brasileira em Jacksonville, na Flórida.

Embora não se saiba ainda as causas da queda, ela naturalmente é má notícia para a campanha da Embraer. O programa, conhecido como OA-X, poderia abrir de vez o mercado militar americano para a empresa. Ela já vendeu 26 Super Tucano à Força Aérea dos EUA, que os fornece para operação em países aliados como o Afeganistão, onde o caça faz operações de contra-insurgência contra o Taleban. O Super Tucano é reconhecido por especialistas como o melhor modelo do mundo no nicho.

O primeiro lote vendido aos EUA, em 2014, saiu por US$ 21,4 milhões (R$ 81 milhões hoje) a unidade. Mas em compras militares o valor inclui todo o pacote de logística envolvido, então não pode ser considerado um preço de prateleira.

Na negociação de compra da Embraer pela Boeing, a fabricante americana inicialmente desejava adquirir também a divisão militar da empresa brasileira. Com a resistência do governo do Brasil, que tem poder de veto por possuir uma ação preferencial na ex-estatal, foi elaborado um complexo plano de criação de uma terceira empresa que irá ficar com a linha de aviação regional da Embraer – o objeto do desejo central da Boeing, que não possui modelos do nicho em seu portfólio e viu a rival Airbus adquirir algo assim da canadense Bombardier em 2017.

O Super Tucano continua, caso o negócio acabe sendo fechado, sendo fabricado pela “velha” Embraer nacional. Os americanos da Boeing, contudo, acenam com mais facilidades de acesso ao mercado militar dos EUA caso a negociação venha a ser fechada.

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