Brasil Supremo quer saber como Collor pagou por carros de luxo apreendidos na Operação Lava-Jato

Ferrari apreendida na residência do ex-presidente e senador Fernando Collor, em Brasília. (Foto: Ueslei Marcelino/Reuters)

O ministro Teori Zavascki, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou nessa terça-feira que bancos informem como foram feitos os pagamentos dos carros de luxo do senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL). Há suspeita de que houve lavagem de dinheiro.

A compra dos veículos teria sido realizada com o objetivo de escamotear dinheiro desviado da Petrobras, por meio de movimentações financeiras de empresas ligadas ao parlamentar. Entre os carros de Collor há uma Ferrari, um Porsche e uma Lamborghini, apreendidos na Operação Lava-Jato.

O pedido de extensão da quebra de sigilo bancário foi feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e autorizado por Zavascki, relator da Lava-Jato no STF. Segundo as investigações, empresas ligadas a Collor realizaram depósitos de valores altos em espécie para efetuar o pagamento dos carros de luxo. Ainda conforme as investigações, o Lamborghini custou 3,2 milhões de reais, dos quais 1,2 milhão de reais foi pago em espécie. Há parcelas em atraso.

Inquérito no STF

Collor responde a inquérito no Supremo, aberto em decorrência da Operação Lava-Jato. Ele foi denunciado por Janot por corrupção ativa e lavagem de dinheiro.

Nessa terça-feira, o STF concedeu prazo em dobro para que os advogados de Collor apresentem sua defesa a Janot. Por lei, o prazo é de 15 dias, mas ele terá 30 dias. Collor foi notificado da denúncia no dia 26 de agosto, e os advogados do senador têm até o dia 25 deste mês para se manifestarem perante o tribunal. (AG)

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