Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 23 de maio de 2019
O suspeito de estuprar a blogueira Mariana Ferrer em uma festa no beach club Cafe de La Musique compareceu, espontaneamente, à Polícia Civil de Florianópolis, nesta quinta-feira (23). O homem reside em São Paulo e viajou até a capital catarinense, para se apresentar judicialmente.
Ele aparece em dois vídeos das câmeras de segurança do estabelecimento. Inicialmente, às 22h25, o suspeito aparece subindo as escadas segurando a mão de Mariana, até o “matadouro”, termo que a jovem de 22 anos utiliza para definir o espaço nas denúncias no Instagram. Menos de seis minutos depois, ela desce às pressas, se segurando e escorando na parede e, alguns segundos após, desce ele.
A defesa do acusado afirmou que não seria possível realizar o ato sexual neste tempo em que os dois teriam ficado a sós no local. Em oposição, a vítima publicou mais um texto na rede social onde disse estar “claramente dopada” e mencionou que ele sobe “arrumado” e desce “limpando a boca e com a camisa para fora da bermuda”.
Mariana também questionou a conduta do médico legista, relembrando que ele viu o estado que ela chegou no Instituto Médico Legal: “cheguei com minha mãe para fazer corpo de delito ainda tremendo, mole e desorientada”, e que, no resultado do laudo pericial, consta que não houve violência no ato carnal, apesar de os exames terem comprovado que houve ruptura himenal recente.
Em um novo documento, publicado por ela nesta quinta-feira (23), consta que não fora detectado componentes suficientes de álcool ou de drogas no organismo da instagrammer. No texto acima, Mariana, conta que o médico legista afirmou que ela ainda estava “sob efeito da droga”. Já na descrição dos novos laudos, ela questionou: “Cadê toda a bebida que todos alegam em depoimento que eu bebi, que eu estava bêbada?!”. No mesmo texto, quando ela cita o resultado da coleta do material vaginal, calcinha e body que utilizava no dia, questiona: “Como o laudo dá ‘nada consta’ se tem esperma na calcinha e não tem no macaquinho (body)? Sendo que em nenhum momento as peças foram separadas?”.
Em resposta às afirmações de que ela teria sido vista, após o crime, com o vestido limpo em um outro estabelecimento, a instagrammer indaga: “Quem diz que eu estava bem e limpa levantou meu vestido além do estuprador? O “macaquinho, body” que eu estava usando era um tecido grosso para não deixar o vestido de renda transparente”.