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Brasil A taxa básica de juros vai cair na semana

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Analistas do mercado financeiro reduziram a previsão da Selic de 2018 para 6,75%. (Foto: Reprodução)

Depois de uma pausa para reavaliar o efeito da crise política sobre a economia, o mercado financeiro está convencido de que as condições para a continuidade do corte de juros não apenas estão preservadas como tornaram-se ainda mais evidentes. Essa leitura explica um movimento de revisão das expectativas dos analistas para o rumo da taxa Selic, que já alcançaram a casa dos 7%. Isso não se via antes do fatídico 17 de maio, dia em que se tomou conhecimento da delação da JBS.

De 37 economistas ouvidos pelo jornal Valor Econômico, 34 contam com um corte de 1 ponto da taxa Selic, para 9,25% ao ano, enquanto três esperam uma dose menor, de 0,7 5 ponto de redução, na reunião do Copom da próxima semana.

Para o fim deste ano, 12 veem a Selic entre 7 % e 7,7 5% e, para 2018, o número dos que esperam que o juro poderá estar nessa faixa alcança 17. A maioria (16 casas) trabalha com um juro de 8% no fim deste ano, mesmo patamar da mediana da pesquisa Focus. Para esse horizonte de tempo, a projeção mais alta (9%) é mencionada por apenas um economista. Já para 2018, o teto das estimativas é de 8,50%.

Na sondagem feita antes da reunião do Copom de maio, apenas um economista previa Selic em 7 %. Em abril, quando a crise política não havia se instalado e um cenário de retomada do crescimento começava a se desenhar, ninguém mencionava um juro tão baixo.

O risco que tanto o BC quanto os economistas viram, naquele momento, era que a instabilidade política, com efeitos sobre a governabilidade e a capacidade de o governo implementar as reformas, pressionasse o câmbio e travasse os investimentos a ponto de comprometer o espaço para que o ciclo de alívio monetário prosseguisse como o esperado. Não à toa, o BC (Banco Central) deixou uma mensagem de cautela na reunião do Copom de maio, indicando que poderia desacelerar o ritmo de corte de juros para 0,7 5 ponto.

A piora do cenário doméstico, entretanto, acabou resultando em um ritmo mais lento de retomada econômica, o que tem efeito direto sobre as expectativas de inflação. Ao mesmo tempo, o ambiente internacional, mais favorável ao risco por causa dos sinais dos grandes bancos centrais do mundo de que a liquidez global seguirá farta, favoreceu a apreciação do real, o que é boa notícia para a inflação.

Essa combinação de elementos explica as projeções para o IPCA dos economistas consultados, que variam entre 2,9% e 3,6% neste ano e de 3,8% a 4,6% em 2018.

Projeções

O economista-chefe da Bahia Asset, Tomas Brisola, é um dos economistas que mudaram sua projeção para a Selic, de 8% para 7 % no fim deste ano, em grande parte pela leitura de que a atual crise é desinflacionária. Em seu cenário, o PIB deve crescer apenas 0,2% este ano e 1,7 % em 2018. O que poderia ser a perna inflacionária dessa onda de instabilidade – o câmbio – foi compensada pelo cenário internacional, que se tornou mais benigno para ativos emergentes e está garantindo a queda do dólar.

Para o BNP Paribas, outro elemento que contribui para ancorar as expectativas para os preços é a mudança da meta de inflação que, para 2019, foi reduzida para 4,25%. Esse fato, juntamente com os efeitos desinflacionários da crise e a estabilização do câmbio, levaram a casa a revisar sua projeção para a Selic no fim de 2017 de 8% para 7,5%. Para o fim de 2018, o BNP mantém a projeção da Selic em 7 %.

Mais cauteloso, o economista-chefe da MB Associados, Sérgio Vale, trabalha com Selic a 8,25% até o fim de 2018, mas não descarta que haja alguma alta de juros no próximo ano. Isso por causa dos riscos políticos que potencialmente podem depreciar o câmbio no ano que vem e impactar a inflação. “Não compro muito a ideia de juros estáveis o ano todo da eleição, especialmente em um ano eleitoral tão incerto”, diz.

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https://www.osul.com.br/taxa-basica-de-juros-vai-cair-na-semana/ A taxa básica de juros vai cair na semana 2017-07-23
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