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Por Redação O Sul | 25 de abril de 2016
O vice-presidente Michel Temer (PMDB) planeja rever a base de apoio do governo na Câmara dos Deputados para exercer o cargo se o impeachment da presidenta Dilma Rousseff avançar no Senado. A ideia é trabalhar com uma base não tão ampla como a que deu 367 votos favoráveis ao impeachment da petista, egressos de 22 partidos (PMDB, PSDB, PP, PSD, PSB, DEM, PR, PRB, SD, PTB, PSC, PTN, PPS, PV, PHS, PDT, PROS, REDE, PTdoB, PSL, PMB e PEN); nem tão diminuída que não lhe dê maioria simples (257 deputados) para aprovar qualquer proposta.
A palavra de ordem é reconstruir a relação com o Congresso Nacional formando uma base sólida e fiel que gire em torno de 308 deputados, o suficiente para aprovar emendas constitucionais. O peemedebista quer evitar que um inchaço da aliança o obrigue a fazer muitas concessões, no momento em que uma das medidas mais esperadas é o redesenho da máquina administrativa.
Pretende esquivar-se daquela que é considerada a maior base da era petista, que chegou a ter 402 deputados no início do primeiro mandato de Dilma, em 2011. Conhecido por ser bom articulador e ter trânsito com a maioria dos deputados, Temer vem recebendo os líderes partidários, ouvindo opiniões e prometendo dar atenção à futura base. (AE)