Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 9 de março de 2017
A eventual cassação pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) da chapa Dilma-Temer por abuso de poder econômico possivelmente permitiria que o presidente Michel Temer sobrevivesse com seus direitos políticos intactos, o que o autorizaria a concorrer novamente em uma eleição indireta feita pelo Congresso, diz o presidente da Corte, Gilmar Mendes.
A avaliação do ministro é que o caixa dois – hoje praticamente confirmado depois que executivos da empreiteira Odebrecht afirmaram ao tribunal terem doado dezenas de milhões de reais em contabilidade paralela – beneficia a chapa como um todo.
“Evidente que o vice participa da campanha. Mas quem sustenta a chapa é o presidente, o cabeça de chapa”, disse Mendes. Segundo o ministro, a chapa como um todo seria cassada, mas a ex-presidente Dilma Rousseff, que deixou o cargo em definitivo há seis meses, poderia se tornar inelegível por ser considerada responsável pela ação. Já seu vice na chapa, por ter uma responsabilidade menor, ainda poderia concorrer.