Quarta-feira, 24 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 6 de maio de 2016
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O futuro presidente da República, Michel Temer, iniciou articulações para reativar o importante GSI (Gabinete de Segurança Institucional), aniquilado pela presidente Dilma Rousseff. O peemedebista quer se reaproximar dos militares e o nome cotado para o comando é o do general Sérgio Westphalen Etchegoyen, chefe do Estado-Maior do Exército, segundo na hierarquia. Temer estuda reinstalar os militares no Planalto depois que Dilma se distanciou das Forças Armadas, com a instalação da Comissão da Verdade.
Perfil
Estudioso e bilíngue, o general Etchegoyen é respeitado no Legislativo e Executivo e tido como militar de perfil democrático, que respeita a separação dos Poderes.
Radar ligado
Não houve convite oficial e nem sondagens de ambas as partes, mas o general é o nome que circula no staff de Temer. Ele pode, inclusive, ser responsável por um Gabinete de Crise.
Jobim, o retorno
O nome de Nelson Jobim terá espaço na Esplanada, em um ministério de Temer. Jobim topa, mas ainda não houve conversa com o atual vice-presidente. Poderia ser Justiça ou Defesa.
Meirelles animado
Em café reservado com um seleto grupo de empresários em São Paulo, na quarta-feira, o futuro ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, mostrou-se muito animado. Ele revelou que terá carta branca no governo. Leia-se Banco Central, Fazenda, Receita, Carf, Cade e bancos federais – Caixa e BB.
Perigo judicial
A inédita decisão monocrática do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavascki abre um precedente perigoso. Teori foi salvo pelo plenário da Corte, à tarde, mas agora qualquer mandatário eleito poderá ser afastado do cargo por decisão liminar do Supremo. Não há igual no mundo.
Golpe no plenário
Após a decisão liminar de Teori, ontem de manhã, houve uma sessão ilegal no plenário da Câmara dos Deputados. Sem quórum e “presidida” pela deputada Luiza Erundina (PSOL-SP). Da tribuna, o petista Henrique Fontana (RS) gritava em comemoração. Ambos sem som.
Reclusão
Os principais diretores da Caixa cancelaram as suas agendas nessa quinta-feira. O núcleo duro do banco ficou reunido durante todo o dia.
Veneno de ex
Um dos maiores empresários do Brasil rompeu a sua amizade com o ex-presidente Lula. Ele suspeita, aliás, vê-lo preso antes de 2018.
Solidariedade (de fato)
Confederações patronais encaram com bons olhos o deputado Laércio Oliveira (SD-SE) para o Ministério do Trabalho, que deve ficar com o Solidariedade de Paulinho da Força (SP). O partido também pleiteia o Desenvolvimento Agrário.
Fu$ão
Os arquitetos do governo Temer rascunham a fusão do Desenvolvimento Social e do Desenvolvimento Agrário. As pastas dividem mesmas ações, como o Programa de Aquisição de Alimentos, o que facilita a formação de um superministério social.
Te pego lá fora
O senador Paulo Paim (PT-RS) classificou como “derrocada” o iminente desfecho do governo Dilma e da gestão de 13 anos do PT. Ele não esconde o rancor “lamentável” de quadros do PMDB, em especial do senador Romero Jucá (RR), ex-líder de Lula e de Dilma.
Liberou geral
O trânsito livre de um empresário no gabinete do ministro do Turismo tem gerado muito incômodo entre os funcionários da pasta. As negociações pessoais rolam de forma escancarada.
Calma, doutor
Até quarta-feira, antes da decisão sobre Cunha, o sociólogo e ídolo da esquerda Emir Sader acusava o STF de “omisso, corrupto e hipócrita”.
Ponto Final
“Quando se tem esse tipo de movimento de rua, é preciso ouvir, dialogar muito, ter humildade, e isso nós temos.” – Temer, ao comentar as manifestações de 2013, provavelmente já insinuando “humildade” do PMDB, não de Dilma.
Com Walmor Parente e Equipe DF, SP e Nordeste
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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