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Brasil Em jantar com o presidente da Câmara dos Deputados, Temer tenta amenizar atrito com o DEM

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Encontro ocorreu na residência de Rodrigo Maia. (Foto: Beto Barata/PR)

O presidente Michel Temer negou ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que tenha atuado para evitar que dissidentes do PSB ingressem no DEM. Os dois jantaram juntos na terça-feira (18), em Brasília, para colocar panos quentes na crise criada pelo peemedebista após a revelação de que convidou parlamentares da sigla para migrarem para o PMDB.

No encontro, o presidente esclareceu que quem é o responsável pela interlocução com o PSB é o presidente nacional do PMDB, Romero Jucá, e não ele. No jantar, que durou duas horas, estiveram presentes, entre outros, os ministros Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo), Mendonça Filho (Educação) e Moreira Franco (Secretaria-Geral) e o líder do governo na Câmara dos Deputados, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).

Segundo relatos, o clima do jantar foi ameno. Na saída da reunião, promovida na residência oficial do presidente da Câmara dos Deputados, o líder do governo, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), negou animosidades entre ambos. “O que existe é muito ruído em um momento como esse, em que se tenta jogar as pessoas umas contra as outras, mas a maturidade dos dois não permite que comprometa relação dos dois”, afirmou.

Ao chegar à residência de Maia, no entanto, não havia ninguém esperando Temer à porta, diferentemente das outras oportunidades em que compareceu ao local. O presidente, então, fez o gesto de abri-la, colocando a mão na maçaneta. Ao mesmo tempo, ela foi aberta pelo lado de dentro.

Em menos de 24 horas, o presidente conseguiu se indispor com dois partidos que, ao menos parcialmente, apoiam seu governo. Na terça-feira, primeiro dia do recesso parlamentar, ele abriu uma crise com DEM e PSB, tumulto que tentou resolver até a noite, em um jantar na casa do presidente da Câmara. A confusão começou com uma visita de Temer à líder do PSB na Câmara, Tereza Cristina (MS), na terça, para convidar os governistas da legenda a ingressarem no PMDB.

Foi uma tentativa de conter o avanço de Rodrigo Maia – seu sucessor caso seja afastado do cargo – sobre os parlamentares insatisfeitos com o comando do PSB. Maia quer conquistar estes deputados para engordar a bancada do seu partido, o DEM.

“Leal” a Temer

Em entrevista divulgada na segunda-feira (17), Rodrigo Maia reafirmou ser “leal” ao presidente Michel Temer e disse que se coloca como opção para a Presidência somente em “duas ou três eleições”.

Com base nas delações de executivos do grupo J&F, que controla a JBS, Temer foi denunciado ao STF (Supremo Tribunal Federal) pela PGR (Procuradoria-Geral da República) pelo crime de corrupção passiva. Mas o STF só poderá analisar a acusação se a Câmara autorizar (a votação está marcada para 2 de agosto).

Se a Câmara aprovar o prosseguimento da denúncia e a maioria dos ministros do Supremo aceitar a acusação do Ministério Público, Temer, então, se tornará réu e será afastado do mandato por até 180 dias. Durante o afastamento, como prevê a Constituição, Maia assume o comando do País interinamente.

“A longo prazo, é obvio que chegar onde cheguei já me coloca, daqui a duas, três eleições como uma alternativa [à Presidência], mas, a curto prazo, acho que a presidência da Câmara [dos Deputados] já me dá a possibilidade de realizações que eu nunca imaginei que eu pudesse realizar”, disse Maia.

“Uma coisa é o presidente da Câmara, outra coisa é o deputado eleito pelo DEM que apoia o governo do presidente Michel Temer. Esse deputado será leal sempre. Agora, o presidente da Câmara vai ser o presidente da instituição e árbitro do jogo. Então, a minha distância do governo nesse momento e a Constituição e o Regimento da Casa são aqueles escritos que eu vou respeitar nesse processo”, acrescentou. (Folhapress e AG)

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