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Geral Tinder, o aplicativo mais baixado no mundo, dá as boas-vindas aos andróginos, bigêneros, transexuais e muitos outros

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Tinder deixou de oferecer apenas perfis binários e disponibilizou 35 gêneros para seus usuários. (Foto: Reprodução)

Se você sempre foi tratado pelo gênero com que se identifica, talvez essa novidade não cause tanto impacto. Mas se você, simplesmente, não se encaixa nas definições de “homem” e “mulher”, vem história boa por aí. É que o aplicativo Tinder deixou de oferecer apenas perfis binários e disponibilizou 35 gêneros para seus usuários.
Por enquanto, o serviço só está habilitado nos Estados Unidos, Reino Unido e Canadá, mas a empresa já realiza estudos para que a novidade se espalhe, e chegue em mais países, inclusive por aqui.

A comunidade LGBTs (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) aplaude de pé e reconhece a importância de projetos de inclusão como este. As possibilidades de gênero assustam, inicialmente, mas acreditam que quanto mais informação, melhor. Julio Moreira é diretor sociocultural da ONG Arco Íris, e crê que a chegada dessa opção ao Brasil ajudaria a ampliar os debates sobre gêneros, segundo ele, muito rasos ainda.

Theo Cavalcanti, 34 anos, gostou da ideia. Ele conta que conheceu sua atual namorada no Tinder, mas até encontrá-la, passou alguns apertos por conta do seu gênero. Ele é homem trans, ou seja, nasceu com o sexo feminino, mas se reconhece como homem. “Experimentei várias opções, com foto, sem foto, masculino… mas sempre com a descrição: ‘homem trans em fase de transição’. Até que entrei como feminino e coloquei minha foto mesmo, e deu certo”, conta.

Theo explica que decidiu assumir seu gênero quando entendeu a importância da representatividade. “Eu, como pessoa branca de classe média, nunca entendi por que negros ficavam chateados de não ter, por exemplo, uma pessoa negra no papel principal da novela. ‘Para que isso, gente?’, me perguntava. Mas quando comecei a conhecer outras histórias de trans e perceber que não estava sozinho, percebi que é fundamental ser aceito como a gente é, e aí comecei meu processo de transformação, por dentro e por fora”, revela.

Já a cabeleireira Morgana Espíndola, 33, é transex e já sofreu até ameaça de morte por sua opção de gênero no Tinder. “Não tenho necessidade de me identificar como trans, me coloco como mulher mesmo, mas isso gera problemas. Poder definir de forma clara seu gênero e o de quem você busca vai ajudar muito e evitar constrangimentos”, acredita.

A quantidade de gêneros que o aplicativo trabalha assusta um pouco, entre os 35 estão: pansexual, andrógino, gênero fluido, bigênero, duplo-espírito e por aí vai. O auxiliar administrativo Paulo Roberto Barboza Gomes da Silva diz que a novidade o deixa um pouco confuso. “Quando eu nasci a parteira falou que eu era um menino, então continuo sendo só um menino, hétero, eu acho, depois de tantas classificações fiquei até um pouco confuso”, brinca ele, que diz não usar o recurso para conhecer pessoas, mas se usasse acharia legal ter tudo bem definido.

De acordo com os dados de registros civis do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), casamentos entre pessoas do mesmo sexo crescem mais do que entre homens e mulheres em 2015.

No Brasil foram registrados, em 2015, 1.137.321 casamentos civis, 2,8% a mais que em 2014. A taxa de nupcialidade legal foi de 7,2%, o que significa que, para cada 1 mil brasileiros em idade para casar, sete, em média, se uniram legalmente. Em números absolutos foram 1.131.707 casamentos entre pessoas de sexos opostos e 5.614 entre pessoas do mesmo sexo. (AD)

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