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Brasil Tios-avós acusados de torturar criança em ritual

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Em 2015, houve 51,3 mil assassinatos de crianças e adolescentes em locais onde não há conflito armado. (Foto: Banco de Dados)

O casal suspeito de torturar o filho adotivo de 4 anos e 8 meses, em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, confessou à polícia que praticou as agressões e que algumas delas ocorreram em rituais de magia negra. A delegada que atendeu à ocorrência, Priscilla Anuda Quarti, definiu a mulher de 31 anos e o marido, de 46, como “pessoas extremamente perigosas”. As lesões foram verificadas durante visita de profissionais de um abrigo, tida como de rotina às famílias que adotam crianças que já ficaram abrigadas.

O menino foi encaminhado à Santa Casa e após constatação médica de que os ferimentos tinham sido causados por agressões, a mulher foi presa, ainda no hospital. O menino tinha queimaduras no rosto, um dos braços quebrados, ferimentos nos olhos, no saco escrotal e vários hematomas. A córnea de um dos olhos foi atingida e ele ficou cego. A visão do outro olho pode ficar comprometida. O homem foi preso em seguida à mulher e a polícia procura por um terceiro suspeito, que seria um rapaz de 18 anos, que já tem passagem por tráfico de drogas. O jovem também é sobrinho do casal.

Tortura ocorria desde 2015. 

Conforme a delegada, o casal disse que adotou a criança em maio de 2015 já com a intenção de sacrificá-la em rituais de magia negra e que as agressões também aconteciam em outras situações. “Os investigados relataram que agrediam a criança também em situações fora de rituais de magia negra. A tia alega que agredia a criança porque já a havia adotado com a intenção de utilizá-la em sacrifícios nos rituais”, fala a autoridade policial, explicando que o homem declarou também que não queria a adoção por considerar o pequeno um “estorvo” e um “intruso na família”.

Os rituais, conforme depoimento dos suspeitos à polícia, eram realizados de três a quatro vezes por semana, à noite, na sala da residência onde moravam, além da vítima e dos presos, duas filhas do casal: uma de 9 anos e outra de 13. Elas não eram agredidas, porém, assistiam aos rituais. Ainda de acordo com Priscilla, a mulher dizia que agredia o menino porque estava possuída por uma entidade espiritual e que esta lhe prometia benefícios financeiros. Apesar de alegar que estava sob efeito de entidade espiritual durante as agressões, a mulher, segundo  delegada, contou com detalhes as torturas. A criança era queimada com charutos e pinga quente. Fotografias dos ferimentos feitas pela polícia mostram que há até lesões antigas no menino. A delegada informou ainda que médicos legistas afirmaram que a lesão no pulso já teria até calcificado.

Vizinhos disseram que não sabiam de nada. 

O homem preso era tio-avô do menino e ele e a esposa teriam sido os familiares mais próximos interessados na adoção, depois que a avó materna deixou a criança com a Justiça alegando que não tinha condições de cuidá-la. Até a publicação desta reportagem a polícia não tinha informações sobre o paradeiro dos pais.

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https://www.osul.com.br/tios-avos-acusados-de-torturar-crianca-em-ritual/ Tios-avós acusados de torturar criança em ritual 2016-02-28
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