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Armando Burd Tira o time de campo

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O governo desistiu ontem de enfrentar a votação da reforma da Previdência na Câmara. (Foto: Divulgação)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

O governo federal desistiu ontem de enfrentar a votação da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados por dois motivos:

1ª) a forte organização e propaganda de corporações contrárias a qualquer mudança porque perderiam vantagens.

2ª) a incapacidade do governo federal de demonstrar com números sobre a necessidade de travar o déficit crescente na rubrica do pagamento de aposentadorias e pensões. Em ano eleitoral, parlamentares temem reações e não decidem no escuro.

Tudo explicado

Sobre o recuo do governo, ontem, vale lembrar o que dizia Getúlio Vargas: “Quanto menos alguém entende, mais quer discordar”.

Pauta básica

No lugar da reforma da Previdência, o governo apresenta pacote que contém boas iniciativas. Algumas delas:

1ª) a simplificação tributária. O Brasil tem um dos sistemas mais complicados do mundo que abre as portas para inadimplência e sonegação.

2ª) A regulamentação do teto remuneratório. O que está exposto com clareza na Constituição Federal não basta. Para resolver, será preciso tirar um coelho da cartola.

3ª) O reforço das agências reguladoras, a começar pelo critério bem mais rigoroso na escolha dos conselheiros. Não pode ser prêmio de consolação para políticos em busca de um cabide.

· 4ª) O programa de recuperação e melhoria empresarial das estatais. Se isso ainda for possível, diante do histórico de más administrações e desvios.

Fica mais claro

A Petrobras tomou iniciativa apropriada: agora, divulga o preço médio dos combustíveis que saem de suas refinarias. A gasolina custa 1 real e 51 centavos sem impostos e sem a margem de distribuidoras e postos.
O resto cabe ao consumidor calcular. Fica-se conhecendo o tamanho dos dentes do governo ao tributar e os que ficam com o lucro no meio do caminho.

Prova de fogo

Na campanha eleitoral deste ano, muitos candidatos terão de demonstrar que estão despregados de hábitos oportunistas, interesseiros e corporativistas. Tornam-se incapazes de defender o interesse público por estarem ocupados com a própria cobiça irrefreável.

Nas alturas

O valor da dívida pública brasileira atinge 4 trilhões e 600 bilhões de reais este mês. Do total, 3 trilhões e 500 bilhões são da União. O resto cabe a Estados e municípios.

Diante do desastre na condução das finanças, cresce o número de adeptos de Thomas Jefferson, que aconselhava: “O melhor governo é o que governa menos”. Foi presidente dos Estados Unidos de 1801 a 1809.

Terra de desgovernos

O Rio de Janeiro tem duas faces. Uma demonstra prosperidade: reservas do pré-sal, royalties do petróleo, Olimpíadas e Copa do Mundo. Entre 2014 e 2016, os investimentos totalizaram 300 bilhões de reais. A outra face revela obras superfaturadas, domínio da bandidagem e assaltos aos cofres públicos. A intervenção federal na segurança pública é consequência natural do descalabro.

No poder

A 20 de fevereiro de 1998, com as viagens de Antônio Britto e de Vicente Bogo, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual José Ivo Sartori, assumiu pela primeira vez o governo do Estado. Permaneceu por 20 dias no cargo.

Protegendo os seus

Dos 459 deputados federais que em 1988 redigiram a Constituição, 193 tinham parentes empregados em seus gabinetes. Engordavam o orçamento familiar com salários polpudos. A aberração ficou intacta no texto final.

Só 20 anos depois, em agosto de 2008, o Supremo Tribunal Federal decidiu, por 9 votos a zero, proibir a prática do nepotismo no Executivo, no Legislativo e no Judiciário, no âmbito da União, dos Estados e dos municípios. Os ministros editaram uma súmula vinculante, estabelecendo que ficava proibida a contratação de parentes de autoridades para cargos de confiança no serviço público.

Foi uma agressão

O ministro da Fazenda, Mailson da Nóbrega, a 20 de fevereiro de 1990, recebeu Zélia Cardoso de Melo, que viria a ocupar o seu lugar no governo Collor, para a primeira reunião de transição. Não se imaginava o que viria a acontecer 25 dias depois com o desastrado e criminoso confisco dos depósitos bancários que ela comandou.

Condição

A Política vai melhorar quando a maioria dos eleitores, durante as campanhas, concluir: tudo que não é possível torna-se falso.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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