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Brasil Todos sabiam da atuação do ex-procurador Marcello Miller no caso da JBS

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O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes disse que “todos sabiam” da atuação do ex-procurador Marcello Miller no caso da JBS. Ex-integrante da equipe do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, Miller aparece em gravação dos delatores Joesley Batista e Ricardo Saud como ajudante dos interesses da empresa na elaboração da proposta de colaboração premiada assinada com a PGR (Procuradoria-Geral da República). Na época da conversa, ele ainda estaria no cargo na PGR. Depois, passou a atuar como advogado dos delatores.

“Na verdade, era um segredo de carochinha em Brasília. Todos sabiam do envolvimento do Marcello Miller nesse episódio. Só o Dr. Janot que escamoteava e escondia”, afirmou Gilmar, que está em Paris (França).

Segundo o ministro, a revelação dos novos áudios não traz uma “novidade”, mas apenas a “confirmação” do que seria á atuação da PGR.

“A grande novidade, que também não era novidade, mas é a grande confirmação, é que a Procuradoria atuou muito mal neste episódio; de que se envolveu diretamente; de que tinha objetivos do próprio procurador-geral, disse, acrescentando: “Essa revelação foi uma boa coincidência, que mostra exatamente que não se pode brincar com as instituições.”

Legado do lulopetismo

Gilmar ironizou a indicação de Janot ao comando da PGR e fez uma comparação com a indicação da ex-presidente Dilma Rousseff à Presidência.

“Tenho a impressão de que se formos fazer u juízo do legado do lulopetismo, podemos pensar em duas marcas. Há muitas, mas duas marcas importantes: a indicação de Dilma Rousseff a presidente da República e a indicação de Rodrigo Janot (à PGR). Elas são inesquecíveis.

Já sobre a denúncia oferecida por Janot contra Lula, Dilma e integrantes do PT por organização criminosa, Gilmar afirmou que não conhecia o processo. Disse que poderia apenas fazer uma “análise política”. E atribuiu a decisão à suposta intenção de Janot de fazer um “grand finale” do mandato, que acaba no dia 17.

Miller

O ex-procurador Marcello Miller participou de reuniões para negociação do acordo de leniência do grupo J&F, pelo escritório Trench Rossi Watanabe, com o MPF (Ministério Público Federal) sem ter o registro oficial da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) para trabalhar. Miller só obteve a autorização formal para advogar em 15 de maio, mas esteve em reuniões nos dias 11 e 18 de abril representando a banca contratada pela J&F.

Miller era integrante da equipe do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, nas investigações da Operação Lava-Jato e deixou o cargo oficialmente no dia 5 de abril. Apenas seis dias depois de ser exonerado, ele participou de reunião na PGR como advogado do grupo J&F, controlador da JBS.

A conduta de Miller como advogado está em análise pelo Tribunal de Ética e Disciplina da OAB desde 27 de junho. O processo deve ser acelerado, já que o áudio da conversa entre os delatores Joesley Batista e Ricardo Saud, da JBS, revelou que o ex-procurador pode ter ajudado os dois a fechar o acordo de delação enquanto era auxiliar de Janot. (AG)

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