Terça-feira, 23 de abril de 2024

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Colunistas Toque do tempo

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Para a presidenta Dilma, o carnaval será no toque do tempo. (Foto: Jussi Nukari/AFP)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Beatriz Fagundes

Estamos entrando no período de carnaval. Não temos mais Pierrôs e Colombinas desfilando nos salões, aliás sequer temos os grandes bailes de carnaval que faziam a festa ser distribuída nos bairros nobres e classe média, enquanto a periferia se deliciava com os desfiles das Escolas de Samba. Para quem gosta, sempre há de se encontrar uma maneira de festejar nesse fantástico período de catarse! Os blocos estão nas ruas. É só escolher uma fantasia e sair por aí… Sair por aí é forma de expressão, já que nos dias que correm é difícil encontrar alguém que realmente esteja disposto a sair por aí… Com o medo de assaltos, balas perdidas, arrastões e outros modus operandi das gangues que proliferam sem controle dominando as estradas, avenidas, ruas, becos e quebradas. Para a presidenta Dilma, o carnaval será no toque do tempo. Ela e seu vice, Temer, foram devidamente notificados e têm sete dias para apresentar defesa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), quanto à ação de investigação eleitoral em que o PSDB pleiteia a cassação de seu mandato e do vice. As contas eleitorais da presidenta e de Temer foram aprovadas por unanimidade pelo plenário do TSE, em dezembro de 2014. Dilma, ao que se sabe, vai desfilar em torno do berço do Guilherme ao som das gargalhadas do Gabriel, aqui mesmo em Porto Alegre. O povo, ah! O povo! Este desconhece e nunca saberá – salvo por conversas deliciosas com os velhos saudosistas – como eram os carnavais de outrora… Aliás, essa condição de ingenuidade acompanha a história que sempre se repete.

JK e Lula

Reproduzo parte do texto que o colunista da Folha Elio Gaspari escreveu no ultimo dia 3 sobre o velho método de destruir imagens e difamar sem preocupação com a verdade: “O símbolo da ‘ladroeira’ [nos anos 1950/1960] era um apartamento no edifício Ciamar (avenida Vieira Souto, n° 206). Como chefe do Gabinete Militar da Presidência e secretário-geral do Conselho de Segurança Nacional, [o ex-ditador Ernesto] Geisel [antes de virar presidente, no anos 1960] acompanhara o inquérito que investigou o caso do apartamento [do ex-presidente Juscelino Kubitschek]. As acusações eram duras. Sem concorrência, JK entregara a construção de uma ponte unindo o Brasil ao Paraguai a um consórcio de empreiteiras (Sotege-Rabello). Os empreiteiros seriam responsáveis pela construção do edifício Ciamar e também por benfeitorias feitas num terreno que o governo paraguaio doara a Juscelino na região de Foz do Iguaçu. Quem passava pela Vieira Souto e via ‘o apartamento do Juscelino’ decidia que JK era corrupto e seu governo, uma ‘ladroeira consumada’. Afinal, fora substituído por um político que fez da vassoura o símbolo de sua campanha. O ex-presidente foi proscrito por uma ditadura que tinha como objetivo afastá-lo da sucessão presidencial de 1965. A corrupção era um pretexto. Certezas, cada um pode ter as suas; sentenças, só a Justiça produz. O edifício Ciamar foi rebatizado e hoje se chama JK. Se essa porteira [do pisoteamento da presunção da inocência] for aberta, não se derretem apenas os direitos de pessoas metidas em ‘ladroeiras consumadas’, derretem-se os direitos de todos. Inclusive o seu, leitor”.

Meias verdades

Recebo informação do Diário do Centro do Mundo que o empresário Jonas Suassuna, dono da Editora Gol, é um dos verdadeiros donos do sítio em Atibaia (SP) que ficou famoso por ter sido frequentado mais de cem vezes pelo ex-presidente Lula e sua família. A Editora Gol edita e distribui mais de 45 títulos da Fundação Roberto Marinho. Estranhamente, no noticiário da Globo, a relação entre o sobrinho do ex-senador Ney Suassuna e a própria Globo não foi até agora revelada. Nem uma manchete ou entrevista com o tal amigo que emprestaria o sítio para o líder metalúrgico.

Princípios Nazistas

Joseph Goebbels, ministro da propaganda nazista, e seus princípios: Princípio da Simplificação e do Inimigo único: Simplifique, não diversifique, escolha um inimigo por vez. Ignore o que os outros fazem, concentre-se em um até acabar com ele. Princípio da Exageração e Desfiguração: Exagerar as más notícias até desfigurá-las transformando um delito em mil delitos, criando assim, um clima de profunda insegurança e temor. “O que nos acontecerá?” Princípio da Vulgarização: Transforma tudo numa coisa torpe e de má índole. As ações do inimigo são vulgares, ordinárias, fáceis de descobrir. Princípio da Orquestração: Fazer ressoar os boatos até se transformarem em notícias, sendo estas replicadas pela “imprensa oficial”. Princípio da Renovação: Sempre há que bombardear com novas notícias (sobre o inimigo escolhido) para que o receptor não tenha tempo de pensar, pois está sufocado por elas. Princípio do Verossímil: Discutir a informação com diversas interpretações de especialistas, mas todas em contra do inimigo escolhido. O objetivo deste debate é que o receptor não perceba que o assunto interpretado não é verdadeiro. Princípio do Silêncio: Ocultar toda a informação que não seja conveniente. Princípio de Unanimidade: Busca convergência em assuntos de interesse geral, apoderando-se do sentimento produzido por estes e colocá-los em contra do inimigo escolhido. Fez escola o Ministro de Adolf Hitler!

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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https://www.osul.com.br/toque-do-tempo/ Toque do tempo 2016-02-05
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