Quinta-feira, 18 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 29 de setembro de 2015
A estudante transexual Marianna Lively, 18 anos, teve fotos e dados pessoais espalhados pela internet depois de se alistar para o serviço militar na quarta-feira da semana passada em Osasco (SP). Imagens da jovem em um pátio do quartel e do Certificado de Alistamento Militar, com dados pessoais como nome de registro, data de nascimento e CPF, se espalharam pelo WhatsApp e páginas do Facebook.
Com a exposição, Marianna passou a receber mensagens e ligações com assédios e xingamentos. “Não deixarei passar batido, pois não quero que outras pessoas passem pelo mesmo, ou até pior”, desabafou a estudante pelo Facebook.
Denúncia
Os agressores já foram identificados e estão sendo denunciados, segundo a advogada de Marianna, Patrícia Gorisch. Uma denúncia também foi feita à Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e um Boletim de Ocorrência foi registrado ainda na sexta-feira.
Em nota, a assessoria de imprensa do Exército afirmou que já instaurou um inquérito policial militar para esclarecer o ocorrido, e que “os envolvidos serão responsabilizados por suas ações, dentro do que prescreve a legislação vigente”. O Exército Brasileiro também afirmou que “não discrimina qualquer pessoa em razão da raça, credo, orientação sexual ou outro parâmetro. O respeito ao indivíduo e à dignidade da pessoa humana, em todos os níveis, é condição imprescindível ao bom relacionamento de seus integrantes com a sociedade”.