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Brasil Transferências e visitas íntimas motivaram a greve de fome de chefes de facções criminosas em presídios federais

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Ao todo, oito bloqueadores serão instalados. (Foto: Freepik/Reprodução)

Desde a última segunda-feira (6), chefes de facções criminosas e presos ligados ao Comando Vermelho e à Família do Norte realizam greve de fome em presídios em ao menos seis Estados. Entre os motivos, estão a proibição de visitas íntimas para os chefes de facções detidos em penitenciárias federais e a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que barrou o retorno de presos a seus Estados de origem.

O protesto acontece no Rio de Janeiro, Acre, Mato Grosso, Pará, Paraná e Tocantins. De acordo com informações obtidas pelo portal de notícias UOL, presos em penitenciárias estaduais entraram na greve em solidariedade aos detentos dos presídios federais. A reportagem confirmou a participação de Marcinho VP, chefe do CV, e Gelson Carnaúba, que comanda a FDN, no protesto.

Advogados denunciam que alguns presos em Catanduvas, no Paraná, estariam passando mal e teriam tido soro negado nas enfermarias da carceragem. Os presos pedem também observação dos horários destinados às visitas de familiares e às duas horas de banho de sol diárias, prolongamento do horário de visita virtual de 30 minutos para uma hora e melhorias na alimentação e banho de sol para os internos em RDD (Regime Disciplinar Diferenciado), cujas condições os grevistas definem como desumanas.

Considerado a mais dura situação de encarceramento, o RDD é uma sanção aplicada ao preso que comete faltas graves dentro do sistema penitenciário. “Quando um preso entra neste regime em um presídio federal, ele vai para um setor separado das demais vivências. Nesse setor, ele não tem banho de sol coletivo, ou seja, ele tem banho de sol, mas em um anexo da própria cela”, diz um agente penitenciário federal ouvido pela reportagem.

“A lei prevê que o preso em RDD fique isolado de outros presos, como se estivesse mesmo em uma espécie de solitária, mas com apoio psicológico. O objetivo é que ele não se comunique com os outros presos”, afirmou o advogado criminalista Daniel Bialski em entrevista ao UOL.

No Rio de Janeiro, o movimento atinge internos de 12 das 51 unidades prisionais do Estado desde a última terça (7), de acordo com a Seap (Secretaria de Estado de Administração Penitenciária). A pasta afirmou que não divulga o número de presos que aderiram ao movimento por motivos de segurança e que a alimentação está sendo servida e as visitas não estão suspensas. Nesta sexta-feira à tarde (10), familiares de presos realizaram uma manifestação em frente ao Tribunal de Justiça, pedindo o respeito aos direitos dos presos estabelecidos pela Constituição.

Os detentos reclamam ainda de falta de medicamentos, médicos especialistas, alimentação adequada e superlotação dos presídios.

Quatro chefes do tráfico de drogas no Rio de Janeiro entraram com uma petição na CIDH (Comissão Interamericana de Direitos Humanos), órgão da OEA (Organização dos Estados Americanos), em que classificam como “tortura e pena cruel” o fato de estarem detidos em presídios federais de segurança máxima há dez anos.

Nessas unidades, os presos devem permanecer 22 horas por dia encarcerados em celas individuais e são monitorados por câmeras o tempo todo.

Um dos quatro traficantes é Elias Maluco (Elias Pereira da Silva), condenado pelo assassinato do jornalista Tim Lopes, em 2002. Os outros são Marcinho VP (Márcio dos Santos Nepomuceno), My Thor (Marco Antônio Pereira Firmino da Silva) e Tchaca (Márcio José Guimarães). Os quatro foram condenados por crimes como homicídio, tentativa de homicídio, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. VP, Elias Maluco e Tchaca estão presos na penitenciária federal de Mossoró (RN), enquanto My Thor está detido na de Catanduvas (PR). 

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