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| Tribunal mantém a prisão preventiva de ex-presidente da Petrobras e do Banco do Brasil

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Aldemir Bendine foi preso sob suspeita de pedir propina à Odebrecht. (Foto: Gustavo Lima/Fotos Públicas)

O TRF4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), com sede em Porto Alegre, manteve a prisão preventiva de Aldemir Bendine, ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras, que foi preso na 42ª fase da Operação Lava-Jato. Também foram mantidas as prisões preventivas dos irmãos André Gustavo e Antônio Carlos Vieira da Silva, da empresa de publicidade Arcos, apontados como operadores de propina de Bendine.

“A medida, além de prevenir o envolvimento do investigado em outros esquemas criminosos, também terá o salutar efeito de impedir ou dificultar novas condutas de ocultação e dissimulação do produto do crime, já que este ainda não foi recuperado”, escreveu o desembargador João Pedro Gebran Neto, responsável pelos julgamentos em segunda instância da Lava-Jato em Curitiba, no Paraná.

Bendine foi delatado pelo empresário Marcelo Odebrecht, que afirmou ter pagado propina sobre operações de refinanciamento do Banco do Brasil com receio de retaliações de Bendine na Petrobras. Os sócios da Arcos teriam atuado como intermediários e representantes dos interesses de Bendine.

O ex-presidente da Petrobras foi denunciado pelo MPF (Ministério Público Federal) em 24 de agosto deste ano por corrupção passiva, lavagem de dinheiro, organização criminosa e embaraço à investigação. O processo tramita na 13ª Vara Federal de Curitiba.

Um dos fundamentos para negar a soltura de Bendine foi a compra da passagem só de ida para Lisboa, o que foi visto pelo MPF como um indicativo de fuga, já que o investigado também tem cidadania italiana.

De acordo com o portal UOL, a Operação Lava-Jato ainda fez um rastreamento financeiro dos supostos valores recebidos pelo ex-presidente da Petrobras. O desembargador Gerbran Neto disse que é necessária a prisão cautelar de Bendine, diante da tentativa dele de embaraçar as investigações. “Há notícia de que Bendine teria atuado na tentativa de, no mínimo, constranger testemunha”, pontuou o magistrado.

Gebran também manteve a prisão preventiva de André e Antônio Carlos pelo risco de eles voltarem a cometer crimes e a possibilidade de fuga para o exterior. “A situação dos réus não destoa da de outros investigados, sendo impossível supor a desagregação natural do grupo criminoso ou da sequência de atos delitivos sem a segregação cautelar dos personagens mais destacados”, concluiu.

Facilidades à Odebrecht

De acordo com o MPF, em troca da propina, Bendine tentou fazer com que a Odebrecht voltasse a ser contratada da Petrobras. O agora réu chegou o consultar o departamento jurídico da estatal sobre a contratação de empresas do grupo mesmo durante as investigações da Lava-Jato.

Com o avanço das investigações, segundo a denúncia, Bendine recuou da tentativa. A dissimulação de pagamentos de propina por meio de empresas de consultoria e o recolhimento de impostos sobre os pagamentos constituem tentativa de atrapalhar as investigações, já que tais condutas teriam sido feitas de forma deliberada para levar a investigação a caminhos errados, afirmou o procurador Athayde Ribeiro Costa. Para ele, a prisão preventiva de Bendine é necessária justamente porque o ex-presidente da Petrobras tentou obstruir investigações.

No dia em que Bendine foi detido, sua defesa disse que a prisão era “desnecessária”. “Desde o início das investigações, Bendine se colocou à disposição para esclarecer os fatos e juntou seus dados fiscais e bancários ao inquérito, demonstrando a regularidade de suas atividades.

A cautelar é desnecessária. É arbitrário prender para depoimento alguém que manifestou sua disposição de colaborar com a Justiça desde o início”, afirmou o advogado Pierpaolo Bottini ao UOL.

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