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| Três delatores da empreiteira Odebrecht irão participar de acareação no Tribunal Superior Eleitoral

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Para os delegados era inadmissível que o executivo, na foto, tivesse conseguido celebrar o acordo de delação premiada sem liberar o acesso do seu computador pessoal. (Foto: Reprodução)

O ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Hermam Benjamim marcou uma acareação com três delatores da Odebrecht: Marcelo Odebrecht, Hilberto Mascarenhas e Cláudio Melo Filho.

A acareação está marcada para a próxima sexta-feira e será feita por videoconferência, ou seja, cada delator participará das cidades onde residem, ou no caso de Marcelo Odebrecht, de onde está preso.

Segundo a TV Globo apurou com diversas fontes, acareação pode ter sido por motivada por depoimentos conflitantes dados Marcelo Odebrecht e outros ex-executivos da empreiteira. Uma destas contradições é sobre o jantar no Palácio do Jaburu em 2014, quando foi discutido apoio financeiro da Odebrecht para campanhas do PMDB.

Em seu depoimento ao ministro do TSE Hermam Benjamim, o ex-diretor de relações institucionais Claudio Melo confirmou o que já tinha dito em seu acordo de delação premiada, que veio a público em dezembro.

Ele afirmou que neste jantar “Temer solicitou direta e pessoalmente a Marcelo Odebrechet apoio financeiro para as campanhas do PMDB, em 2014”. Cláudio Melo disse também “que considerando o fato de Temer ser o vice-presidente na época, e presidente do partido, Marcelo Odebrecht acertou o pagamento de R$ 10 milhões.”

No depoimento desta segunda ao TSE, Cláudio Mello deu mais detalhes sobre este jantar, disse que após o pedido de Temer por apoio financeiro ao PMDB, Marcelo Odebrecht ofereceu R$ 10 milhões e sugeriu que este dinheiro fosse todo destinado para a campanha de Paulo Skaff ao governo de São Paulo.

Segundo ele, houve discordâncias entre os presentes, que consideraram que o apoio deveria ser divido entre outros candidatos do PMDB. Marcelo Odebrecht, ainda na versão de Claudio Melo, teria proposto então que R$ 6 milhões fossem para Paulo Skaff e R$ 4 milhões, para outros candidatos, a critério do PMDB.

Na semana passada, em depoimento ao Tribunal Superior Eleitoral, Marcelo confirmou o jantar, mas, diferentemente do que disse Claudio Melo, afirmou que não tratou de valores diretamente com o então vice-presidente Michel Temer.

O valor e a divisão do dinheiro entre os candidatos teriam sido acertados, segundo Marcelo Odebrecht, em uma outra conversa entre o ministro licenciado Eliseu Padilha e o ex-diretor da Odebrecht Claudio Mello, sem a presença de Temer.

A acareação poderia esclarecer quem está falando a verdade, se Marcelo Odebrecht ou Claudio Melo Filho.  (Vladimir Netto/AG)

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