Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 6 de agosto de 2017
O tufão Noru trouxe neste domingo (06) fortes chuvas e violentas rajadas de vento durante a passagem perto da ilha japonesa de Kyushu, onde morreram pelo menos duas pessoas, enquanto as autoridades recomendaram a evacuação de quase 200 mil pessoas.
As duas vítimas da tempestade são um homem que foi derrubado por ventos fortes e um pescador que desapareceu depois de sair para verificar a situação do seu barco. Nove ficaram feridas, confirmaram as autoridades locais.
Após mais de duas semanas vagando pelo oceano e várias mudanças em sua trajetória, o quinto tufão da temporada no Pacífico roçou hoje o extremo sul de Kyushu, segundo informou a Agência Meteorológica do Japão (JMA).
O tufão avança a cerca de 25 quilômetros por hora em direção nordeste e atravessará durante o dia Kyushu, até chegar na segunda-feira à região de Shikoku e ao sul da ilha de Honshu, a principal do Japão, segundo a JMA.
A agência meteorológica declarou alerta nestas regiões por causa dos ventos de até 126 quilômetros por hora do tufão e devido às precipitações de mais de 100 milímetros por hora registradas nas cidades de Kagoshima e Miyazaki.
A televisão estatal “NHK” informou sobre duas mortes devido a acidentes relacionados com o fenômeno meteorológico, o de uma mulher de 67 anos que sofreu uma queda na localidade de Yakushima e a de um homem de 84 anos encontrado afogado perto do seu bote em um porto de Minamitame.
O tufão também causou o cancelamento de serviços de comboios regionais e o fechamento de estradas na região de Kyushu, deixando sem luz cerca de 15 mil casas em Kagoshima.
O Noru se manifestou como depressão tropical no dia 20 de julho no Pacífico Norte, onde se desenvolveu até chegar a ser um “supertufão”, até evoluir para sua categoria atual de “forte”, segundo a JMA.
Japão recorda o bombardeio atômico de Hiroshima
A cidade japonesa de Hiroshima recordou neste domingo o 72º aniversário do lançamento do primeiro ataque nuclear da história com uma cerimônia em que foram feitos apelos ao desarmamento nuclear. O ato aconteceu no Parque da Paz da cidade, que fica no oeste do Japão e incluiu um minuto de silêncio.
Desarmamento
Após o minuto de silêncio, o prefeito da cidade, Kazumi Matsui, pediu a todos os líderes mundiais que apoiem o tratado adotado por 122 membros das Nações Unidas no começo do mês para proibir as armas nucleares, o primeiro deste tipo a nível global.
“É o momento que todos os governos devem lutar para avançar rumo a um mundo livre de armas nucleares”, afirmou Matsui, pedindo em particular ao governo do Japão “que manifeste o pacifismo estabelecido pela sua Constituição e faça todo o possível por facilitar a adoção global do pacto”.
Tal acordo foi aprovado por quase dois terços dos países membros da ONU, ainda que se tenham mantido à margem todas as potências atómicas e muitos dos seus aliados – o Japão entre eles –, o que lança dúvidas sobre o sucesso da iniciativa.
O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, evitou mencionar diretamente o tratado durante o seu discurso, ainda que tenha destacado a necessidade de que tanto as potências nucleares como os restantes países “se envolvam para se conseguir um mundo verdadeiramente livre de armas atómicas”.
“O Japão está decidido a liderar a comunidade internacional, mantendo os seus princípios de não produzir ou possuir armas nucleares nem de permitir a sua entrada em território nacional, e pedindo a todos os países para tomar medidas similares”, disse Abe. (AG)