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Geral UE pede ação militar contra imigração ilegal pelo Mediterrâneo

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A UE busca a aprovação do Conselho de Segurança da ONU para uma ação militar contra os traficantes de pessoas. (Foto: Reprodução)

A chefe da diplomacia da UE (União Europeia), Federica Mogherini, defendeu nesta segunda-feira uma operação militar contra o tráfico de seres humanos pelo Mediterrâneo e pediu ajuda à comunidade internacional.

“Nossa prioridade é (…) evitar uma perda maior de vidas no mar”, afirmou Mogherini ao apresentar o plano da UE para enfrentar uma série de naufrágios de barcos que levavam imigrantes africanos.

Estima-se que, desde o início deste ano, as mortes na travessia do Mediterrâneo já sejam cerca de 1.800.

Mogherini insistiu na necessidade de tratar todos os aspectos desta “situação sem precedentes” e pediu uma estreita colaboração internacional.

A UE busca a aprovação do Conselho de Segurança da ONU para uma ação militar contra os traficantes de pessoas. “Não é só uma emergência humanitária, mas também uma crise de segurança, já que as redes de traficantes estão vinculadas a atividades terroristas e as financiam”, argumentou a chefe da diplomacia europeia.

“A UE está disposta a assumir suas próprias responsabilidades: salvar vidas, acolher refugiados, tratar as causas profundas e desmantelar as organizações criminosas. Mas não podemos fazer isso sozinhos; precisamos de uma aliança se quisermos colocar fim a estas tragédias”, acrescentou Mogherini.

Críticas

Antevendo as críticas ao seu discurso, a diplomata afirmou que “nenhum refugiado ou imigrante interceptado no mar será reenviado [à África] contra sua vontade” e disse que nenhuma operação será empreendida sem o consentimento da Líbia, porto de onde sai a grande maioria dos imigrantes.

A ONU trabalha em uma resolução que autorizaria abordar e eventualmente destruir as embarcações utilizadas pelos traficantes. No entanto, a Rússia –que tem assento permanente no Conselho de Segurança– e outros países europeus têm se mostrado reticentes.

Os ministros europeus das Relações Exteriores e da Defesa se reunirão no dia 18 de maio para discutir detalhes das operações. Segundo uma fonte diplomática ouvida pela agência de notícias AFP, os europeus esperam intensificar suas ações no Mediterrâneo e abordar embarcações a partir de junho, mas sem destruir navios na costa líbia.

O secretário-geral da Otan (aliança militar ocidental), Jens Stoltenberg, declarou que, embora a aliança não tenha sido chamada a participar das operações, apoia totalmente a União Europeia.

Por sua vez, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, elogiou a UE por seus esforços para resolver os problemas migratórios, mas afirmou que “não há solução militar para as tragédias do Mediterrâneo”.

Pós-Gaddafi

O fluxo de imigrantes da Líbia para a Europa cresceu exponencialmente depois da queda, em agosto de 2011, do ditador Muammar Gaddafi, morto dois meses depois.

Acordos entre Gaddafi e países da UE resultaram em patrulhas navais em conjunto com a Itália, leis que puniam mais duramente a imigração ilegal e na construção de centros de detenção de imigrantes em território líbio.

Entidades de direitos humanos como a Anistia Internacional relataram casos de superlotação, estupro, violência e tortura nesses centros.

O caos político em que a Líbia mergulhou após a deposição do ditador, com milícias lutando por parte do território, estimulou a fuga pelo Mediterrâneo na direção da Europa.

(Folhapress)

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https://www.osul.com.br/ue-pede-acao-militar-contra-imigracao-ilegal-pelo-mediterraneo/ UE pede ação militar contra imigração ilegal pelo Mediterrâneo 2015-05-11
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