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Tecnologia Um adorável robô que se comunicava por meio de “bips” faleceu no mês passado

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Fabricante do robô Kuri encerrou o projeto. (Foto: Reprodução)

Kuri, um adorável robô que se comunicava por meio de “bips” como R2-D2, faleceu no mês passado: a Mayfield Robotics, uma unidade da Bosch, matou o projeto justamente quando as primeiras máquinas estavam para ser despachadas.

Jibo, que foi apresentado como “o primeiro robô sociável para o lar”, também pode não ter muito mais tempo de vida. A companhia por trás do dispositivo demitiu a maioria de seus funcionários e reduziu os preços quase à metade enquanto tenta levantar mais dinheiro para “buscar uma saída”.

Os problemas de duas das mais destacadas tentativas de incorporar os robôs ao cotidiano das pessoas criaram um sentimento de luto no mundo da robótica. “Todo mundo está desapontado”, diz Ken Goldberg, professor da Universidade da Califórnia em Berkeley.

Mas, segundo o acadêmico, os fracassos não são nenhuma novidade. Os insucessos datam pelo menos do BOB, um robô doméstico da década de 80 criado por Nolan Bushnell, fundador da Atari. As supostas habilidades da máquina deveriam incluir pegar uma cerveja na geladeira para seu dono.

“Isso nos foi prometido há 50 anos e achávamos que já era hora”, diz Goldberg. “É frustrante.”

Contribuindo para o recuo dos robôs, a Honda acaba de “desplugar” o Asimo. A máquina humanoide é um dos mais reconhecidos resultados da competência do Japão na área de robótica, mas jamais deixou de ser um projeto de pesquisa para se transformar em um produto real.

Se há uma coisa que une os fracassos recentes com os robôs voltados para o lar é seu apelo limitado enquanto produto de consumo. “Acho que eles não encontraram nenhum uso convincente”, diz Henny Admoni, professora assistente de robótica da Universidade Carnegie Mellon. Os reveses mostram, mais uma vez, o grande abismo existente entre as expectativas criadas pela ficção científica e a tecnologia mais limitada de hoje.

Mas enquanto robôs como Kuri e Jibo são abandonados no meio do caminho, uma invasão robótica menos visível começa a levar agentes inteligentes para um número maior de lares.

Essa incursão envolve máquinas que muitas vezes não são consideradas robôs e que estão se infiltrando nas casas das pessoas por caminhos diferentes. Especialistas preveem que algumas delas poderão se transformar nos precursores de uma onda de ajudantes e companheiros artificiais mais sofisticados.

É o caso dos aspiradores de pó robóticos. A iRobot, fabricante do Roomba, é considerada líder em fazer os robôs serem aceitos em casa, com mais de 20 milhões de aparelhos vendidos. De um aspirador que esbarrava nos móveis enquanto tateava por um caminho aleatório, o Roomba evoluiu para um dispositivo mais inteligente.

A expectativa é que máquinas simples e práticas como essa ganhem a companhia de uma nova geração de dispositivos mais hábeis, graças a inovações como as que estão surgindo nos laboratórios, diz Goldberg. As novidades incluem os “garras universais” — mãos robóticas capazes de pegar itens desconhecidos — e inteligência artificial que ajuda máquinas a reconhecer objetos.

Goldberg prevê que, juntas, essas tecnologias poderão ser usadas para criar um robô capaz de “patrulhar a casa e guardar coisas”. Mas isso não ocorrerá rapidamente. E um ajudante artificial que cuide das crianças provavelmente não estará disponível antes de cinco a dez anos, com preço entre US$ 2 mil e US$ 3 mil, estima o especialista.

Uma segunda dimensão da invasão doméstica é a das caixas de som inteligentes como a Echo, da Amazon, e a Google Home.

O Jibo, por exemplo, foi projetado para reconhecer os humanos ao seu redor e personalizar suas interações com eles, usando uma “cabeça” giratória e um grande olho animado. Com preço fixado em US$ 899, o produto vem tendo dificuldade para se distinguir de caixas acústicas inteligentes mais simples, algumas delas vendidos a menos de US$ 50.

Mas as novas caixas acústicas estabeleceram a base para a próxima etapa da robótica doméstica, afirma Henny. Muita gente já está acostumada à ideia de conversar com uma máquina e responder instintivamente a um objeto físico que parece inteligente, acrescenta a professora. “Há algo muito cativante em ter um agente personificado que está lá, especialmente se ele segue você pela casa”, afirma.

Há relatos de que a Amazon está desenvolvendo um robô doméstico, aumentando a perspectiva de uma geração de dispositivos Echo que vão abandonar seus lugares no balcão da cozinha e se movimentarão pela casa.

Uma terceira rota para o lar está nos brinquedos e animais de estimação artificiais. Neste ano, a Sony relançou seu cachorro-robô Aibo, após uma ausência de 12 anos. E na semana passada, a Anki — uma das mais bem financiadas startups da área de robótica nos EUA, com US$ 200 milhões — anunciou seu mais recente brinquedo-robô: um caminhão do tipo escavadeira com pouco mais de 10 centímetros, chamado Vector.

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https://www.osul.com.br/um-adoravel-robo-que-se-comunicava-por-meio-de-bips-faleceu-no-mes-passado/ Um adorável robô que se comunicava por meio de “bips” faleceu no mês passado 2018-08-15
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