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Mundo Um ano após a morte de Fidel, Cuba foi às urnas para dar início a saída da família Castro do poder

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A votação, sem candidatos da oposição, marcou o começo do processo que vai terminar em uma nova Assembleia Nacional, que vai decidir quem será o futuro presidente do país. (Foto: Reprodução)

Um ano após a morte de Fidel Castro, os cubanos foram às urnas neste domingo (26) para eleições municipais em todo o país. A votação, sem candidatos da oposição, marcou o começo do processo que vai terminar em uma nova Assembleia Nacional, que vai decidir quem será o futuro presidente do país.

O presidente da ilha não é escolhido por eleição direta, mas Raúl Castro reiterou sua promessa de passar a presidência adiante em fevereiro de 2018. Vai ser a primeira vez em quase 60 anos que Cuba não será comandada pela família Castro.

A votação aconteceu um dia após as discretas homenagens ao primeiro aniversário da morte de Fidel Castro, que implementou em 1976 o sistema político-eleitoral de Poder Popular, que Havana defende como “o mais democrático e transparente” e a oposição chama de “farsa”.

Neste domingo, mais de oito milhões de cubanos com mais de 16 anos (de uma população de 11,2 milhões) foram convocados para eleger 12.515 conselheiros entre os cerca de 30 mil candidatos escolhidos em assembleias de bairro, mas nenhum deles é membro da oposição.

É o primeiro passo do processo que deve eleger o substituto de Raúl Castro, de 86 anos e reeleito em 2013, iniciando a primeira transição geracional em quase 60 anos de governo comunista.

Homenagens discretas

Sem solenidades, Cuba recordou o Comandante-em-Chefe em um dia de poemas, canções e discursos, que rivalizavam com os chamados para as eleições municipais.

Centenas de estudantes se reuniram na escada da Universidade de Havana, onde Fidel Castro se formou como revolucionário e marxista quando era estudante de direito, para lembrar com poemas, canções e discursos o ex-mandatário, que morreu em 25 de novembro de 2016, após uma década afastado do poder.

“A juventude cubana vai invadir as urnas e demonstrará ao mundo que aqui sim há continuidade, que aqui sim há Revolução”, afirmou Raúl Alejandro Palmero sobre essas eleições que vão marcar uma substituição de geração no poder.

Falecido aos 90 anos, 48 deles à frente do governo de Cuba, Fidel despertou paixões extremas entre os cubanos. Ninguém é indiferente. E como há um ano, seus inimigos em Cuba ficaram em silêncio.

Eleições por Fidel?

Votar em Cuba não é obrigatório legalmente, mas é considerado um ato político de apoio ao governo, o que significa que alguns meios de comunicação usam a figura de Fidel para convocar os cubanos às urnas.

Embora parte da dissidência tenha defendido a participação nas eleições, seus candidatos foram impedidos, desencorajados à força ou derrotados nas indicações de vizinhança.

O candidato que substituirá Raúl na presidência ainda não foi anunciado oficialmente. Ele iniciará uma nova era pós-Castro, mesmo que o presidente mantenha o cargo mais importante em Cuba, o do secretário-geral do Partido Comunista, até o próximo Congresso, em 2021.

“Qualquer novo governo depois de Raúl Castro deverá ser, por natureza, coletivo, porque o país não vive um momento carismático e nenhum dos líderes da nova geração tem capital político para ditar a política, além das atribuições de seu cargo”, afirmou Arturo López-Levy, da Universidade do Texas-Rio Grande Valley, à AFP.

No entanto, muitos olhos observam o atual primeiro vice-presidente, Miguel DíazCanel, um engenheiro de 57 anos.

Antecipando até os menores detalhes de todos os movimentos futuros, não seria estranho que o próximo candidato à presidência em Cuba tenha sido aprovado por Fidel antes de sua morte.

 

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