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Por Redação O Sul | 11 de agosto de 2017
Um asteroide do tamanho de uma casa vai passar pela Terra a uma distância de cerca de 44 mil quilômetros em outubro, dentro da órbita da Lua, informaram astrônomos na quinta-feira (10).
A rocha espacial passará a um oitavo da distância entre a Terra e a Lua – um pouco além dos nossos satélites geoestacionários mais distantes, que orbitam a cerca de 36 mil quilômetros do planeta, de acordo com a ESA (a agência espacial europeia).
“Não vai atingir a Terra”, disse Detlef Koschny, da equipe de pesquisa “Near Earth Objects” (objetos perto da Terra) da ESA. “Isso é o mais importante a se dizer.”
O asteroide, batizado de 2012 TC4, passou pela primeira vez pelo nosso planeta em outubro de 2012, a aproximadamente o dobro da distância, e tem entre 15 e 30 metros de comprimento.
Os cientistas já esperavam que o asteroide voltasse a passar perto da Terra este ano, mas não sabiam a que distância. Recentemente, o Very Large Telescope do Observatório Europeu do Sul, no Chile, conseguiu rastrear a rocha e determinar sua distância.
“Está muito perto”, disse à agência de notícias AFP Rolf Densing, que dirige o Centro Europeu de Operações Espaciais em Darmstadt, Alemanha, acrescentando que não há motivo para preocupação.
Eclipse
Um eclipse solar vai escurecer os céus no próximo dia 21. Nos Estados Unidos, ele será total (quando a Lua cobre completamente o Sol). No Brasil, o fenômeno será parcial e apenas uma parte do Sol ficará encoberta, formando, em algumas localidades, uma meia-lua luminosa. O eclipse só poderá ser visto em Estados brasileiros do Norte, Nordeste e algumas regiões do Centro-Oeste e Sudeste.
Não será apenas a primeira vez em 99 anos que um eclipse solar total cobrirá o território dos Estados Unidos por completo, desde o Pacífico até o Atlântico. A Nasa (a agência espacial americana) também vai transmitir, de forma inédita, o evento ao vivo para todo o mundo.
“Vamos usar 11 satélites que estão orbitando em nosso planeta, três deles da Nasa e o resto de outras agências espaciais”, explicou Adriana Ocampo, cientista planetária da Nasa à BBC Mundo, o serviço em espanhol da BBC.
“O eclipse poderá ser observado de diferentes ângulos, inclusive desde a Estação Espacial Internacional. Também vamos reorientar uma nave espacial que orbita a Lua para observá-lo da perspectiva da órbita lunar”, acrescenta.
O fenômeno também será captado por telescópios em terra e por outro acoplado a um Boeing 747 que pertence à Nasa. “Vai ser a primeira vez na história da humanidade que teremos tecnologia para observar um eclipse de tantos ângulos”, diz Adriana. (AFP e BBC)