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Armando Burd Um bom começo

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Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Os candidatos ao governo do Estado precisam se preparar: serão questionados sobre a desoneração de impostos em todos os debates. Entidades representativas dos servidores públicos e de setores da sociedade chegaram a este acordo. Suspeitando que o benefício se transforma em margem de lucro, vão querer saber qual o grau de repasse ao preço final dos produtos. O princípio é este: o corte de tributo deve chegar até o consumidor. Para isso, buscarão apoio de técnicos da Secretaria da Fazenda do Estado e de economistas independentes. Outra decisão que vão adotar: contrapor-se aos candidatos que reclamam muito e explicam pouco.

Previsível

Não era preciso ser especialista para concluir que gastar indefinidamente além do que arrecadava levaria a nação à falência financeira. São rombos que obrigam a pedir mais dinheiro aos bancos. Só para rolar a dívida, o governo federal pagou 220 bilhões de reais desde 1º janeiro deste ano.

Rota equivocada

O Programa de Demissão Voluntária, para economizar 1 bilhão de reais ao ano, é uma tentativa de tapar o sol com a peneira. Os raios sempre darão um jeito de passar. Com as aposentadorias, o governo acaba abrindo concursos, ao mesmo tempo em que cede a pressões para novas admissões.
O melhor caminho seria deslocar para os estados uma parte dos funcionários. Equivaleria a reduzir a centralização em Brasília, que custa muito e, pela distância, mostra poucos resultados.

Condição indispensável

A próxima campanha presidencial deverá ter como principal foco a carga tributária, hoje equivalente a 38 por cento do Produto Interno Bruto. É uma das mais elevadas do mundo com o agravante de que não corresponde em contrapartida com serviços minimamente adequados.

Vai mudar

Os fatos recentes evidenciam que nem as melhores técnicas de vendas ajudarão. Em 2018, haverá menor chance para candidatos artificialmente transformados em produtos e eleitores serem reduzidos à mera condição de consumidores.

Contagem regressiva

A expectativa é de que amanhã, quando terminar a reunião do Comitê de Política Monetária, a taxa básica de juros ficará abaixo de dois dígitos. Esse patamar não é alcançado desde outubro de 2013. Dos atuais 10,25 por cento, vai se situar entre 9,50 e 9,25 por cento.
Nos últimos 21 anos, a menor taxa foi registrada em janeiro de 2013 com 7,1 por cento. A mais alta atingiu 45,6 por cento em outubro de 1997.

Recomeço

Daqui uma semana, soando o gongo, senadores e deputados federais voltarão ao ringue. Ulysses Guimarães definia: o menos hábil consegue consertar relógio usando luvas de boxe.

Por seleção

Entre 104 inscritos no site da Prefeitura, a partir de um edital, Pelotas escolheu o novo secretário de Gestão Pública e Financeira. Será o economista Jairo Dutra, ex-diretor da Secretaria da Fazenda do Estado e da CEEE.

Há 85 anos

A 25 de julho de 1932, durante a Revolução Constitucionalista, ocorreu o combate do Bury, no interior de São Paulo. Enfrentaram-se tropas do Rio Grande do Sul, favoráveis ao governo federal, e rebeldes paulistas. Os gaúchos, comandados pelo general Waldomiro Lima, aprisionaram um batalhão inteiro, formado por 353 soldados e oficiais. Ferido no confronto, o comandante-geral da Brigada Militar, coronel Aparício Borges, morreu.

Só patinaram

Em 2005, o Senado e a Câmara dos Deputados mantiveram três Comissões Parlamentares de Inquérito ao mesmo tempo. Buscavam dados sobre financiamentos milionários das campanhas eleitorais, o misterioso caixa 2, o vínculo de empresários com estatais, entre outros temas. Tudo sob pressão da Imprensa, indignação da sociedade e protestos de vários parlamentares. Não foram adiante.

Fim de uma época

A impunidade era a maior tormenta que afligia a consciência nacional.

É um rodízio

O país acorda, a cada dia, sem saber qual será e de onde virá a nova bomba.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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